O líder oposicionista Juan Guaidó anunciou nesta terça-feira (12) que a ajuda humanitária enviada pelos EUA entrará na Venezuela no próximo dia 23 de fevereiro, durante ato que reuniu dezenas de milhares de opositores em Caracas para pedir às Forças Armadas que não bloqueiem a entrada da assistência. O ditador Nicolás Maduro considera a operação a porta de entrada para uma intervenção militar.
Guaidó, reconhecido por quase 50 países como presidente interino da Venezuela, não detalhou como seria a operação. No palanque, ele pediu que 250 mil pessoas se voluntariem para a operação que, segundo ele, começará a ser organizada neste fim de semana. “Teremos de ir em caravanas”, afirmou.
E disse que promulgará uma “ordem direta” às Forças Armadas para que permitam a entrada da ajuda, embora não haja sinais de que os militares tendam a desobedecer a Maduro.
“A ajuda humanitária entrará na Venezuela quer queiram, quer não, porque o usurpador vai ter de ir embora da Venezuela”, afirmou Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, de maioria opositora, em referência Maduro. “Não é a primeira vez que a Venezuela vai se livrar de um tirano, esperamos que seja a última.”
E disse aos militares: “Coloquem-se do lado da Constituição, mas também do lado da humanidade”.
Na segunda-feira (11), em Brasília, o deputado Lester Toledo, o coordenador para o envio de ajuda internacional à Venezuela, afirmou que o plano era uma entrada simultânea de medicamentos e alimentos no país por três frentes: Colômbia, Brasil e por via marítima.