27 de novembro de 2024
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Governo brasileiro vai enviar ajuda até fronteira com a Venezuela

Governo brasileiro vai enviar ajuda até fronteira com a Venezuela

O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira (19) que entregará ajuda internacional na fronteira com a Venezuela a pedido do líder opositor Juan Guaidó, que em janeiro se proclamou presidente interino do país com o apoio da Assembleia Nacional e que já é reconhecido por 50 países. De acordo com o porta-voz da Presidência brasileira, Otavio Rêgo Bastos, Guaidó será responsável pela distribuição da ajuda.

A medida será realizada em parceria com o governo dos Estados Unidos, detalhou o Ministério das Relações Exteriores, em nota quase simultânea. A partir de sábado, caminhões do país vizinho e dirigidos por venezuelanos serão abastecidos com comida e remédios em Roraima em dois locais: na capital Boa Vista e na cidade de Pacaraima, que fica na fronteira. Na nota divulgada, o governo brasileiro volta a reconhecer Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, e não Nicolás Maduro, como presidente do país, que passa por grave crise econômica e política.

“A ajuda, que inclui alimentos e medicamentos, será disponibilizada em território brasileiro, em Boa Vista e Pacaraima, estado de Roraima, para recolhimento pelo governo do presidente encarregado Juan Guaidó, por caminhões venezuelanos conduzidos por venezuelanos”, diz trecho da nota.

Além do Ministério das Relações Exteriores, também participarão da ação a Casa Civil, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e os ministérios da Defesa, da Agricultura, da Cidadania e da Saúde, entre outros. A logística ainda está sendo definida.

Guaidó estabeleceu o dia 23 de janeiro como a data para a entrada de ajuda. O governo de Nicolás Maduro, no entanto, rejeita a ação. De acordo com Guaidó, haveria quatro pontos de entrada de ajuda internacional, entre eles a cidade colombiana de Cúcuta, o estado de Roraima, uma ilha no Caribe e outro local não especificado, que se somou à lista nesta terça.

Mais cedo, Jair Bolsonaro havia comunicado a membros de seu gabinete e autoridades do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) que iria retomar a iniciativa em relação à crise venezuelana , que havia desacelerado durante o período em que o presidente ficou internado e depois com a crise envolvendo Gustavo Bebbiano.

Veja a íntegra da nota:

“O governo brasileiro está mobilizando uma força-tarefa interministerial para definir a logística da prestação de ajuda humanitária ao povo da Venezuela a partir do dia 23 de fevereiro, atendendo ao apelo do presidente encarregado Juan Guaidó.

A operação, em cooperação com o governo dos Estados Unidos, está sendo organizada com base no artigo 11 da Lei 13.684/2018 e coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores através da Agência Brasileira de Cooperação, conforme as atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 30 do Anexo I do Decreto 9.683/2019. Participam da força-tarefa a Casa Civil da Presidência da República, os Ministérios da Defesa, da Agricultura, da Cidadania, da Saúde e do Gabinete de Segurança Institucional, entre outros.

A ajuda, que inclui alimentos e medicamentos, será disponibilizada em território brasileiro, em Boa Vista e Pacaraima, estado de Roraima, para recolhimento pelo governo do presidente encarregado Juan Guaidó, por caminhões venezuelanos conduzidos por venezuelanos.

O Brasil se junta assim a esta importante iniciativa internacional de apoio ao governo de Guaidó e ao povo venezuelano.”




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