O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu nesta quarta-feira (27) a criação de um imposto único federal compartilhado com os Estados e municípios e reforçou que o Novo Pacto Federativo é a grande aposta para solucionar os problemas dos governos regionais.
“O Pacto Federativo para desentortar o Brasil. O ‘carimbo’ nos recursos que existe hoje é equivocado. A função do Congresso é desenhar o Orçamento”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O ministro voltou a apostar que os leilões de petróleo serão um sucesso e que o País pode fazer uma revolução com a energia barata do gaps natural. “Vamos fazer revolução se trabalharmos direito e isso vai ser bom para todos, para a oposição também”, completou.
Em resposta a uma pergunta Guedes disse que usa a polarização “esquerda x direita” como uma simplificação para explicar o choque que teria sido a eleição. “A simplificação que vejo foi uma aliança em torno de valores e costumes. No fundo, a gente sabe que não é isso. A gente sabe que um social democrata está muito próximo de um liberal democrata. Não se trata de nenhum conteúdo ideológico”, afirmou.
Juros astronômicos – Guedes disse que os juros “astronômicos” do Brasil são consequência direta do excesso de gastos públicos. “O resultado é esse desastre das contas públicas nacionais. Hoje alguns governadores só conseguem sobreviver”, afirmou.
Sobre o acúmulo de passivos da Lei Kandir, Guedes argumentou que o Tribunal de Contas da União (TCU) isentou o governo federal desse passivo. “O compromisso da União com a Lei Kandir cessou lá atrás, mas ficam esses números malucos de juros compostos. Se algum tribunal der ganho aos Estados, a União quebra, porque não temos R$ 700 bilhões de jeito nenhum”, completou.
O ministro criticou a judicialização de muitas questões que envolvem a União. “Assim nem o petróleo sai do chão e nem os Estados recebem nada. Ninguém anda para lado nenhum”, afirmou.