Um dos mais importantes equipamentos já implantados pela Prefeitura na história da capital baiana, o Hospital Municipal de Salvador (HMS) comemora um ano, completado no último dia 4, com a implantação de classes hospitalares e de novos serviços pioneiros para a população.
As novidades foram apresentadas no próximo hospital, localizado na Boca da Mata, nesta segunda-feira (8), pelo prefeito ACM Neto, acompanhado do vice e secretário municipal de Obras Públicas (Seinfra), Bruno Reis; dos secretários municipais de Saúde, Luiz Galvão, e de Educação, Bruno Barral; do provedor da Santa Casa de Misericórdia, Roberto Sá Menezes; demais autoridades, corpo técnico e imprensa.
Houve um esforço para que todas as etapas de funcionamento do HMS, previstas para serem concluídas em um ano e meio, fossem implantadas em apenas oito meses. Com isso, o equipamento alcançou números marcantes: em um ano, foram mais de 125 mil atendimentos, sendo 65 mil apenas na urgência, 80 mil exames de imagem e 315 mil laboratoriais.
“Mas, o mais importante é ouvir o depoimento das pessoas tiveram as vidas salvas nesses 12 meses do hospital, que chega à sua maturidade em pleno funcionamento e que, portanto, pode anunciar novos serviços em função do refino e capacidade técnica que adquiriu nesse tempo”, afirmou o prefeito.
O prefeito visitou as duas salas da Escola Municipal Hospitalar Irmã Dulce, que foram inauguradas e já atendem a 35 pacientes infantis, jovens e adultos do HMS. “A instalação da classe hospitalar aqui é muito importante, pois permite que todos os alunos da rede pública tenham a continuidade do aprendizado no hospital enquanto fazem o tratamento, o que facilita o processo de recuperação da saúde dessas crianças e adultos”, completou ACM Neto.
Projeto – Com uma sala para crianças e outra para adultos, a escola conta com uma rede de professores especializados que, acompanhados da equipe médica do hospital, atendem a estudantes que, por questões de saúde, não têm condições de frequentar uma unidade de ensino.
O projeto, coordenado pela Smed, já funciona em 11 hospitais, três clínicas, cinco instituições de apoio, além de 20 domicílios, com média de 900 atendimentos por mês. “Além do atendimento coletivo, em salas de aulas multiseriadas instaladas nas instituições hospitalares, também há atendimento individual no próprio leito, de acordo com as condições do paciente”, pontuou a diretora da escola hospitalar, Tainã Rodrigues.
Aplicativo – Além da Escola Municipal Hospitalar Irmã Dulce, mais outros cinco serviços passam a ser ofertados pelo Hospital Municipal. Um deles é o Meu HMS App, aplicativo gratuito para smartphones disponível nos próximos dias nas plataformas iOS e Android.
A ferramenta – pioneira em todos os hospitais públicos da Bahia – possibilitará aos pacientes o acesso ao resumo do prontuário e às especialidades oferecidas no hospital, além de participar da pesquisa de opinião e ter contato com a instituição, através do Fale Conosco. Com isso, estima-se as reduções do tempo de retirada e do custo de impressão de laudos, assim como a diminuição do impacto ambiental causado pelo uso de papel.
Autismo – O segundo serviço será o Acolhimento ao Autista, que visa atendimento individualizado a pacientes adultos ou pediátricos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O projeto terá início no próximo dia 15 na unidade de emergência, e em 90 dias em todas as outras áreas do hospital.
A iniciativa também engloba a criação do selo Autista Frendly, com identificação das unidades do HMS que estão preparadas para o acolhimento individualizado. A ação garantirá a qualificação e capacitação de equipes e processos para atendimento à população autista, de forma pioneira na Bahia.
O terceiro serviço é a Lean nas Emergências, programa do Ministério da Saúde voltada para a redução da superlotação de emergências adulto. Desenvolvida pelo programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi), a iniciativa é executada em parceria com o Hospital Sírio-Libanês e o HMS foi selecionado na segunda fase do programa, dentre 150 hospitais inscritos em todo o país.
Isso porque o HMS é pioneiro no Brasil na automatização dos controles, indicadores de performance e dos registros das sessões de Huddle (reunião de ideias). Em um ano, 62 mil pacientes já foram beneficiados com a agilidade nos atendimentos.
Residência – O outro serviço ofertado é o Programa de Residência Médica em Medicina de Emergência, pioneiro no estado nessa área de atuação e com a primeira turma de residentes atuando desde março último. Por fim, o Projeto Telestroke é uma solução que garante a ampliação do acesso no diagnóstico e tratamento do acidente vascular cerebral (AVC), de forma remota e contínua, por neurologistas.
Com isso, as equipes médicas terão, em tempo real, acesso às informações clínicas dos pacientes, inclusive imagem diagnóstica e interação, reduzindo óbitos e sequelas do AVC. O hospital receberá smartphones e tablets com conexão 4G, sem custo, para envio e discussão de casos, além da realização de videochamadas.
Leitos – Construído pela Prefeitura e administrado pela Santa Casa de Misericórdia, o HMS possui 210 leitos ao todo, sendo 30 para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 150 para clínica médico-cirúrgica e 30 para pediatria. No local, são feitas cirurgias de urgência, como as de trauma, abdômen agudo e neurocirurgia, e também algumas eletivas, como a de vesícula, hérnia e apendicite. Alguns dos exames realizados são tomografia computadorizada, doppler, holter, ecocardiograma, ultrassonografia, raio-x, eletrocardiograma, eletroencefalograma e ressonâncias.
Os pacientes são atendidos dentro do tempo estipulado de acordo com suas classificações de risco, tendo como base o Protocolo de Manchester. Pacientes que necessitam de algum tratamento que não está disponível na unidade são transferidos para centros especializados via regulação. Outro benefício do Hospital Municipal é que o tratamento pode ter continuidade na residência do paciente. Mensalmente, são realizados quase 200 atendimentos em domicílio.
“Hoje temos metas atingidas tanto na questão quantitativa quanto qualitativa do Hospital Municipal. São mais de 1.500 colaboradores e oferta de atendimento em pediatria, clínica médica, ortopedia e cirurgia geral para dar resolutividade aos pacientes. O hospital tem emergência com demanda 100% porta aberta – em março, chegamos a 8 mil atendimentos. Também há demanda ambulatorial através do Sistema Vida com consultas eletivas nas especialidades e agendamento de exames complementares e do parque de imagem”, ressaltou a diretora médica do HMS, Thayse Barreto.
Foto: Valter Pontes/Secom-PMS