Os produtos e serviços turísticos oferecidos aos visitantes de Salvador foram debatidos na primeira edição das Oficinas Participativas do Plano de Ação para Desenvolvimento do Turismo Étnico-Afro de Salvador, realizada na manhã desta terça-feira (21), na sede do Olodum, no Pelourinho. As ações estão sendo coordenadas pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), por técnicos do Consórcio Cria Rumo Arandas e do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). A ideia é que sejam realizadas cinco reuniões entre os dias 21 e 23 de maio em pontos estratégicos da cidade.
Estiveram presentes instituições e empresários que trabalham com o turismo afro na região do Pelourinho, a exemplo de agentes de viagens, sindicatos de guias, pessoas do trade, condutores e monitores locais, presidentes de blocos afros e empresários. O objetivo é ouvir e debater propostas de novos serviços que aproveitem o potencial da cultura da cidade.
As oficinas, inicialmente, serão realizadas nas regiões-base onde foram feitos recortes para o plano: Liberdade/Curuzu, Centro Histórico (Pelourinho e Santo Antônio), Rio Vermelho e Itapuã. De acordo com a turismóloga e consultora Regiane Mira, de 46 anos, a construção do documento traz informações da comunidade para que o plano de ação fique com a cara de Salvador e, claro, de quem será atendido: o turista afrodescendente.
Metodologia – A metodologia usada busca informações sobre o perfil do turista que faz a visitação dos estabelecimentos na localidade e quais produtos e serviços são oferecidos de fato na região. Além disso, como uma das atividades fomentadas na oficina, foi realizado um mapeamento pontuando quem está oferecendo produtos e serviços, chamado de sujeito; os produtos e serviços étnico-afro oferecidos ou não aos visitantes; além das possíveis soluções dos problemas apresentados.
“A gente preconiza, nos nossos trabalhos, a metodologia participativa. Então, essas oficinas servem exatamente para coletar, com quem está oferecendo produtos e serviços para o turismo afro, as dificuldades existentes. Muitas vezes temos uma ideia, mas uma ideia extremamente superficial. Existem mais produtos do que realmente a gente conhece. Então, essas oficinas são o momento de dar visibilidade a produtos e serviços que a gente não conhece”, afirmou Regiane.
Foto: Bruno Concha/Secom-PMS