27 de novembro de 2024
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Estados Unidos confirmam apoio à entrada do Brasil na OCDE

Estados Unidos confirmam apoio à entrada do Brasil na OCDE

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) retomou as negociações entre Estados Unidos e europeus para a adesão de novos países-membros à entidade, entre os quais o Brasil. O encontro anual da organização, com sede na capital francesa, foi marcado pela manifestação oficial do apoio americano à candidatura brasileira, que já havia sido prometido por Donald Trump durante a visita de Jair Bolsonaro, em março. O cronograma e o formato das adesões, no entanto, permanece em aberto, dependendo do sucesso de um consenso em futuras discussões.

A secretária-adjunta de Estado dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Kimberly Breier, confirmou, via Twitter, a posição americana: “Os EUA apoiam o início do processo de adesão do Brasil para se tornar membro pleno da OCDE”.

O Itamaraty agradeceu por meio de sua conta no Twitter. “O Brasil agradece o gesto de confiança e está pronto a trabalhar com todos os membros e secretariado no processo de acessão”, diz o post do ministério.

No encontro com Bolsonaro em março, na Casa Branca, Trump havia prometido apoio à demanda do Brasil em troca da renúncia brasileira ao status de nação em desenvolvimento na Organização Mundial do Comércio (OMC), o que garantia ao país um tratamento diferenciado em acordos no âmbito do organismo multilateral.

Na reunião de duas horas realizada nesta quinta-feira pela manhã entres os membros efetivos da OCDE , houve concordância na adesão de três dos seis países candidatos: Argentina, Romênia e Brasil. Os outros três são Bulgária, Peru e Croácia. Os europeus exigem a entrada de um país do continente a cada que vez que for decidida a adesão de uma nação não europeia, o que até então vinha emperrando a deflagração dos processos. Segundo uma fonte do governo brasileiro presente em Paris, “há um espírito de flexibilidade dos dois lados, e vários países apoiaram a retomada das discussões, para que o processo vá adiante” .

“A ordem não deve mudar, Argentina, Romênia e Brasil, e o que vier depois. Como o Brasil já está bem avançado, não fará muita diferença em um processo que deverá durar de dois a cinco anos”.

O secretário-geral da OCDE, José Ángel Gurría, se mostrou otimista em relação às novas adesões:

“Todos os membros expressaram muito interesse no processo de adesões. Há questões de grupo e de equilíbrio. Todo mundo pensa que é bom para os novos países e também para a OCDE. Vamos continuar com as consultas. Não estava previsto que se tomasse alguma decisão sobre datas, continuamos com as consultas, e quem sabe teremos surpresas em breve. O Brasil não tem o controle do processo, mas está fazendo seu trabalho e está sendo muito esperto”.




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