A Comissão do Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), presidida pelo deputado estadual José de Arimateia (PRB), visitou duas barragens, nesta quinta-feira (dia 23), a barragem de Santo Antônio e a de Tabua II, ambas situadas no município de Ibiassucê, localizado a 625 quilômetros de Salvador. A iniciativa surgiu com a finalidade de averiguar de perto as condições reais de segurança dos reservatórios, que são de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).
De acordo com informações do engenheiro agrônomo e assessor técnico da Comissão do Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da ALBA, Eduardo Macário, o vertedouro da barragem de Tabua II está danificado de modo que não existe capacidade de armazenamento, ou seja, o que pode acontecer em caso de fortes chuvas é simplesmente a água correr normalmente pela calha de drenagem natural. Situação bem diferente da barragem de Santo Antônio. “Essa última é classificada como de risco (2), podendo, em caso de chuvas fortes, ocorrer o seu rompimento com graves consequências para a população de Ibiassucê, passando do estado de risco para estado de perigo”, explicou.
Preocupado, o deputado José de Arimatéia acredita que existiu um equívoco por parte da Agência Nacional de Águas (ANA), em não classificar a barragem de Santo Antônio como de risco em seu relatório que pontua 10 barragens na Bahia com ameaça de rompimento. O parlamentar ressaltou ainda a grande importância desse equipamento para o fornecimento de água à população local. “Inclusive o volume de água acumulado, segundo os representantes do DNOCS, vereadores e prefeitura da cidade, é suficiente apenas para este ano, mas caso não tenha chuvas, existirá a necessidade de racionamento”, disse o republicano, que irá ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), em Fortaleza, no próximo dia 31 de maio, para dialogar sobre a situação das barragens do estado.
Pela falta de uma manutenção assídua a barragem de Santo Antônio enfrenta problemas com o excesso de vegetação, necessidade extrema no conserto do sistema hidromecânica e na operação de desassoreamento do reservatório nos trechos aterrados pela Valec durante a construção da estrada de ferro. Já barragem de Tabua II apresenta problemas também na quantidade de vegetação, na continuidade da reforma do vertedor e na manutenção do acesso.
Duas barragens ainda serão vistoriadas na Bahia pela Comissão do Meio Ambiente. No dia 30 de maio será a vez da barragem de Zabumbão, no município de Paramirim. Já no dia 10 de junho, a Barragem de Cariacá, na cidade baiana de Monte Santo, também vai ser analisada por engenheiros e deputados integrantes do Colegiado, uma sugestão do deputado estadual e membro suplente da Comissão, Laerte do Vando (PSC).
Até o presente momento, os parlamentares que integram a Comissão já visitaram a Barragem de Araci, a RS1 e RS2, em Camaçari, situada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), a Barragem de Afligidos, localizada no município baiano de São Gonçalo dos Campos, a Barragem de Rejeitos Mineração Caraíba S/A, em Jaguarari, a barragem de Apertado, em Mucugê, a de Pinhões, em Juazeiro, a barragem de Cipó, no município de Mirante e a barragem Luiz Vieira. A apresentação do relatório final sobre a situação das 13 barragens analisadas será no dia 19 de junho, ás 10h15, na Sala Eliel Martins, localizada na Casa Legislativa.
Foto: Eduardo Macário e Janderson Louvores/Divulgação