O Brasil vai sediar pela primeira vez o Fórum Mundial de Produtores de Café. A jornalista Georgina Maynart, da TV Bahia, informa que o evento será realizado nos dias 10 e 11 de julho, em Campinas, São Paulo. A segunda edição do fórum internacional terá como temas principais a sustentabilidade e as soluções reais para o desenvolvimento da atividade cafeeira.
Apesar da vinda do fórum para o Brasil ser vista com bons olhos pelos representantes do setor, o evento acontece no momento em que os cafeicultores enfrentam quedas sucessivas no preço do produto no mercado internacional.
O evento vai contar com a presença de dezenas de especialistas, como o economista americano Jeffrey D. Sachs. Ele vai apresentar o estudo sobre a Análise Econômica e Política para melhorar os rendimentos dos pequenos produtores de café.
Aumentar a rentabilidade é um dos grandes desafios do setor cafeeiro no mundo. Com os preços em queda, os especialistas afirmam que uma das saídas para aumentar a renda seria melhorar a qualidade do café, com a produção de grãos diferenciados.
Durante o evento também serão discutidas ações para aumentar o consumo de café no mundo. Neste caso, o Brasil vai servir de referência. Pesquisas indicam que o consumo de café entre os brasileiros cresce cerca de 3,5% ao ano. O país é responsável por 16% do consumo global.
Exportações – As exportações de café no Brasil atingiram 34 milhões de sacas na última safra, segundo o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O volume foi 30,4% maior do que na safra anterior. Só este ano já foram exportadas 13 milhões de sacas. O melhor desempenho dos últimos 5 anos.
O destaque vai para a exportação de cafés diferenciados. De janeiro a abril foram embarcados 2,5 milhões de sacas, o que representa um crescimento de 43,4% frente ao volume exportado no mesmo período do ano passado.
“A performance das exportações do café brasileiro continua firme, mantendo os bons resultados para abril. O destaque do mês fica para o aumento das exportações para os cinco maiores países importadores, ampliando o market share do Brasil. Conforme temos acompanhado desde o início do ano, tudo indica que esse ano-safra seja histórico, confirmando a eficiência com que o país atende à demanda e exigências de seus consumidores tanto no que se refere à qualidade quanto à sustentabilidade”, afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Os principais destinos de cafés diferenciados continuam sendo EUA, Alemanha e Japão. Os dados também mostram que o Porto de Santos segue liderando a maior parte das exportações. De lá saem cerca de 79,9% do volume exportado pelo Brasil. Em segundo vem o Porto do Rio de Janeiro, com 12% dos embarques.
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