A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta segunda-feira (1°), o procurador do estado Renan Saad. Ele é suspeito de receber R$ 1,265 milhão em pagamentos da Odebrecht relacionados à mudança do traçado das obras do metrô do Rio. Saad foi preso em casa, em São Conrado, Zona Sul.
A força-tarefa afirma que, somente da Odebrecht, o governo do RJ recebeu R$ 59,2 milhões em propinas relativas à expansão do metrô. A Linha 4 do metrô liga a Zona Sul à Barra, na Zona Oeste, e foi entregue para os Jogos OlÃmpicos de 2016.
De acordo com a investigação, os pareceres emitidos pelo procurador foram “fundamentais” para a viabilização das obras do sistema metroviário.
Os pagamentos foram operacionalizados por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, sistema usado pela empreiteira para repassar propinas a polÃticos.
Os repasses a Gordinho, como Saad era identificado no sistema, ocorreram entre 2010 e 2014, segundo aponta a força-tarefa. Um desses pagamentos, de R$ 100 mil, foi entregue no escritório de advocacia do procurador.
Outra investigação relacionada ao caso apura se mudanças na obra do metrô causaram prejuÃzos aos cofres públicos. A defesa de Saad ainda não se manifestou.