A seleção peruana treinou na manhã deste sábado no Engenhão, estádio do Botafogo, e o clube aproveitou a passagem da equipe nacional pelo local para dar um presente ao técnico Ricardo Gareca em um gesto que ao mesmo tempo serviu para reverenciar Didi. Um dos maiores ídolos da história do clube carioca e bicampeão mundial com a seleção brasileira, o meio-campista que morreu aos 72 anos, em 2001, também brilhou como treinador do Peru e teve o seu nome inscrito em uma camisa botafoguense que foi entregue ao argentino que hoje dirige a equipe sul-americana.
O uniforme, que também continha o número 8 nas costas que era usado por Didi, foi entregue a Gareca no gramado do Engenhão pelo técnico do Botafogo, Eduardo Barroca. E o comandante da seleção peruana ainda recebeu junto com a camisa uma carta de boas-vindas assinada pelo presidente botafoguense Nelson Mufarrej.
“Amigos da seleção peruana, sejam bem-vindos ao estádio Nilton Santos. Recebê-los em nossa casa é razão de orgulho para nós. Especialmente porque compartilhamos a idolatria a Didi, um dos maiores jogadores da história do Botafogo e do mundo. Nos orgulha muito o legado que deixou no futebol do Peru”, disse o dirigente no início da carta.
“Recebam esta camisa personalizada como demonstração de carinho e respeito pelo seu país, além de admiração pela grande campanha de vocês na Copa América. Didi, que hoje brilha como uma estrela, seguramente está muito feliz com o nosso encontro. Bom jogo amanhã no Maracanã”, finalizou Mufarrej.
ÍDOLO QUE NOS UNE!
Seleção Peruana treinou na manhã deste sábado no Nilton Santos para a final da Copa América. Em comum entre Botafogo e Peru, a idolatria por Didi. Eduardo Barroca presenteou Ricardo Gareca com camisa personalizada do “Folha Seca” e uma carta de boas-vindas. pic.twitter.com/hgfd8rG6vB
— Botafogo F.R. (@Botafogo) July 6, 2019
Campeão do mundo com a seleção brasileira em 1958 e 1962 como jogador, Didi fez história como treinador da seleção do Peru ao classificar o país para a Copa de 1970, no México, onde a equipe nacional voltou a jogar um Mundial depois de 40 anos. E o técnico conduziu os peruanos até as quartas de final da competição e acabou terminando em sétimo lugar – é a melhor campanha da nação até hoje na história do torneio, no qual em suas outras participações foi 10ª colocada em 1930, 8ª em 1978 e 20ª em 1982 e 2018.
No campo do Engenhão, além da reverência a Didi, o treino do Peru serviu para mostrar que o meia-atacante Edison Flores está recuperado de dores no tornozelo direito. Por causa do problema, ele precisou ser substituído durante a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, na última quarta-feira, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pela semifinal da Copa América. Até sexta, ele ainda era considerado dúvida para o jogo contra o Brasil, às 17 horas deste domingo, no Maracanã, palco da decisão da Copa América.
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