O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Gustavo Montezano, tomou posse nesta terça-feira (16), em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Jair Bolsonaro e ministros.
Engenheiro e economista, Montezano foi escolhido no mês passado para presidir o banco no lugar de Joaquim Levy, que pediu demissão após Bolsonaro falar que ele estava com a “cabeça a prêmio”.
Bolsonaro exigiu de Levy a saída do diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. O diretor foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007).
Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Após a declaração de Bolsonaro, o próprio Barbosa Pinto pediu demissão – e depois Levy.
Gustavo Montezano é graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e tem mestrado em finanças pelo Ibmec.
O novo presidente do BNDES tem 17 anos de carreira no mercado financeiro e foi sócio do Banco Pactual, onde atuou como diretor-executivo da área de commodities em Londres e como responsável pela área de crédito, resseguros e “project finance”.
Antes de assumir a presidência do BNDES, posto na equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), Montezano era o secretário especial adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia.
À frente do BNDES, Montezano terá entre suas prioridades privatizações, investimentos em infraestrutura, saneamento e reestruturação financeira de estados e municípios.
Quando Montezano teve o nome anunciado, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, declarou que o governo deseja que o BNDES devolva recursos para o Tesouro Nacional e que seja aberta a “caixa-preta do passado” da instituição.
Desde a campanha eleitoral Bolsonaro critica empréstimos concedidos pelo BNDES a países como Cuba e Venezuela.
Foto: Marcos Corrêa/PR