Terceira maior cervejaria do mundo, a Heineken se movimenta para duelar pela exclusividade do Carnaval de Salvador contra a Ambev, lÃder no mercado nacional. O jornalista Jairo Costa Jr., da coluna Satélite do Correio, informa que a decisão de brigar com a principal concorrente no Brasil pelo domÃnio na folia da capital faz parte dos planos da Heineken de aumentar sua participação no Nordeste, onde a Ambev ainda mantém larga vantagem no segmento de cervejas.
Segundo o jornalista, fontes ligadas à companhia de origem holandesa informaram que a estratégia tem como pano de fundo a brecha surgida com o fim do contrato entre a rival e a prefeitura de Salvador, firmado em 2016 e válido por três anos, dentro de um pacote que incluiu também o Réveillon da cidade.
Além da marca homônima, a Heineken já atuava no Brasil com a Bavaria, Sol Premium, Desperados, Kaiser, Amstel e Xingu. Após a compra da Brasil Kirin, em 2017, incorporou rótulos como Schin, Devassa, Eisenbahn, Baden Baden, Cintra, Glacial e No Grau. Agora, mira o Carnaval soteropolitano para impulsionar a venda de seus produtos.
O colunista lembra que, apesar da ofensiva do grande adversário no paÃs, a Ambev tem uma carta de alto valor para se manter como cervejaria exclusiva na festa: uma das cláusula do contrato com a prefeitura garante a ela prioridade nas negociações sobre o patrocÃnio do Carnaval.
Embora o Palácio Thomé de Souza mantenha as negociações em sigilo, o prefeito ACM Neto (DEM) sinalizou, em declarações recentes à imprensa, que a tendência era de “renovação” com o novo acordo. Não deixou claro, porém, se ela se daria em torno da cerveja, o que favoreceria a Heineken, ou do próprio acordo, o que deixaria a pista livre para que a Ambev mantenha o controle sobre a folia baiana.