27 de novembro de 2024
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Celular do ministro Alexandre de Moraes foi alvo de ataque hacker

Celular do ministro Alexandre de Moraes foi alvo de ataque hacker

O celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sofreu uma tentativa de invasão entre o fim de abril e o início de maio. O período coincide com o qual o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foram alvo de ataques virtuais do grupo preso pela Polícia Federal na Operação Spoofing.

Alexandre de Moraes foi informado pelo próprio Telegram que havia sido vítima de uma “tentativa frustrada” de invasão do aplicativo. O ataque não teve sucesso por ausência da senha de verificação dupla, que possibilitasse acesso ao login.

Após a tentativa de invasão, o ministro apagou o aplicativo, que pouco usava. O grupo de hackers atingiu ainda o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e milhares de pessoas.

No caso de Bolsonaro, os investigadores já sabem que a tentativa de acessar os dados no aplicativo Telegram foi bem-sucedida e ocorreu neste ano. O conteúdo das mensagens, contudo, não será analisado pela PF, mas encaminhado à Justiça Federal. No Palácio do Planalto, o fato é considerado crime de segurança nacional.

A partir de uma espécie de central de grampos montada em Araraquara, no interior de São Paulo, presos na Operação Spoofing tentavam acessar conversas privadas dos alvos. Nem todas as autoridades tiveram mensagens capturadas ou mesmo os celulares efetivamente invadidos, segundo as investigações preliminares da PF. Rodrigo Maia, por exemplo, afirmou que não utiliza o aplicativo Telegram, meio usado para invadir as contas das vítimas.

Bolsonaro disse não estar preocupado e que os hackers “perderam tempo” ao o escolherem como alvo. “Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas. Essas não são passadas por telefone. Não estou nem um pouco preocupado se, porventura, algo vazar do meu telefone, não vão encontrar nada que comprometa. Perderam tempo comigo”, afirmou o presidente durante visita a um colégio militar em Manaus. A informação de que o celular de Bolsonaro estaria entre os hackeados foi antecipada nesta quinta-feira, 25, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Penas – Inicialmente, os quatro presos são investigados pelos crimes de invasão de dispositivos informáticos e interceptações telefônicas, que prevê pena máxima de 3 anos e 4 meses. Caso também sejam enquadrados na Lei de Segurança Nacional, como defendem integrantes do Planalto, a punição pode chegar a 15 anos de prisão.

A lista de autoridades alvo do grupo também inclui o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), José Otávio Noronha, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, além de pelo menos 25 membros do Ministério Público Federal. Ainda há dois ministros de Bolsonaro, Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, e Paulo Guedes, da Economia. Nem todas as vítimas foram identificadas.




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