O mercado de trabalho brasileiro criou 121.387 empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia.
O saldo de agosto decorre de 1,382 milhão de admissões e 1,261 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram criadas 127.648 vagas no oitavo mês do ano. Em agosto de 2018, houve abertura lÃquida de 110.431 vagas, na série sem ajustes.
O resultado de agosto ficou acima da mediana positiva de 98.881 postos de trabalho das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast. O intervalo das expectativas ia de abertura de 29.000 vagas à criação de 129.940.
No acumulado de janeiro a agosto de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 593.467 vagas, o melhor desempenho para o perÃodo desde 2014, quando a abertura de vagas chegou a 751.456, na série com ajustes. No mesmo perÃodo do ano passado a criação de vagas era de 568.551. Já em 12 meses até agosto, houve abertura de 530.396 postos de trabalho.
Setores – O resultado do mês foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 61.730 postos formais, seguido pelo comercio, que abriu 23.626 vagas de trabalho.
Também tiveram saldo positivo no mês a indústria de transformação (19.517 postos), a construção civil (17.306 postos), a administração pública (1.391 postos) e o setor de extração mineral (1.235 postos).
Já a agricultura fechou 3.341 vagas em agosto, enquanto os serviços industriais de utilidade pública tiveram fechamento lÃquido de 77 vagas no mês.
Salário médio – O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve alta real de 1,97% em agosto de 2019 ante igual mês de 2018, para R$ 1.619,45, segundo dados do Caged. Na comparação com julho, houve alta de 0,44%, informou o Ministério da Economia.
O maior salário médio de admissão em agosto ocorreu na extrativa mineral, com R$ 2.616,94, puxado pelos salários da Petrobras. Já o menor salário médio de admissão foi registrado na agropecuária, com R$ 1.306,25.