26 de novembro de 2024
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Dom Murilo Krieger ordena o primeiro padre viúvo de Salvador

Dom Murilo Krieger ordena o primeiro padre viúvo de Salvador

Para se tornar padre, segundo o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil Dom Murilo Krieger, é necessário que a pessoa tenha qualidades físicas, espirituais e intelectuais adequadas, além do chamado da Igreja. De todos esses requisitos, o diácono Heldo Jorge dos Santos Pereira, de 75 anos, preenche também o fato de ter formação em Filosofia ou Teologia.

Mas, o que mais chama a atenção é o fato de Heldo ser o primeiro soteropolitano viúvo a se tornar padre em Salvador. Há registros de outro padre viúvo na capital. Trata-se do padre Roque Lé de Almeida, mas que veio transferido do Rio Grande do Sul.

O jornal Correio informa que, desde que sua esposa Lilia Maria de Araújo faleceu, em 2006, o desejo dele de se tornar padre veio à tona. Para seus filhos, um passo importante para a vida sacerdotal do então diácono foi dado neste sábado (05), quando ele recebeu das mãos de Dom Murilo Krieger, em missa de cerimônia na Catedral Metropolitana Transfiguração do Senhor, no Terreiro de Jesus, lotada de fiéis, a Ordenação Presbiteral.

O chamado de Deus para a vida sacerdotal fez com que Heldo, viúvo há 13 anos, se dedicasse mais à igreja. Mas, esse fator não preocupa os filhos do agora padre em relação à sua convivência com a família.

“Sempre foi um desejo dele de servir, é um sonho que se realiza. Que Deus tenha misericórdia e dê muita coragem no caminho da santificação dele. Para a família, agora temos a certeza que temos alguém para orar com mais forçam por nós. É um desejo que ele sempre teve no coração. A chama dentro dele nunca se apagou”, afirmou o filho primogênito, Ricardo Pereira, 53, que acompanhou a cerimônia ao lado dos irmãos, filhos e sobrinhos.

Filho do meio, Heldo Jorge Jr. herdou não só o nome do pai, mas também a fé católica. Para ele, ter um pai como padre a partir de agora é uma forma de que os desejos e as aspirações podem ser conseguidos com dedicação, resiliência e adoração.

“É um grande exemplo. Não vai mudar muita coisa, mas é, sim, um motivo de orgulho para nós. Ele sempre teve muito perto da igreja, nós filhos estudamos todos em colégios católicos e ele sempre foi muito presente com a igreja. Deus opera por linhas tortas, talvez o falecimento da nossa mãe tenha aguçado um pouco mais o desejo dele. Tem o nosso total apoio”, revelou.




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