Os americanos William Kaelin e Gregg Semenza e o britânico Sir Peter Ratcliffe são os ganhadores do Prêmio Nobel 2019 de Medicina. A pesquisa dos três envolve entender como as células detectam e se adaptam à disponibilidade de oxigênio.
A Academia sueca anunciou nesta segunda-feira (7) que os 3 irão dividir o prêmio de 9 milhões de coroas suecas, equivalente a cerca de R$ 3,72 milhões.
Aplicações derivadas dessas descobertas já estão sendo feitas em tratamentos contra anemia, segundo o comitê do Nobel, e podem levar a estratégias para tratar algumas formas de câncer.
A importância da pesquisa se deve, disseram os especialistas, ao fato de que as células precisam ser capazes de perceber a quantidade de oxigênio disponÃvel para adaptar sua atividade metabólica.
Isso acontece, por exemplo, quando o corpo humano vai a altas altitudes ou sofre um ferimento – isso faz com que a quantidade de oxigênio disponÃvel diminua, ativando a chamada resposta hipóxica das células.
“Os três laureados expandiram o conhecimento de como a resposta fisiológica torna a vida possÃvel”, afirmou Randall Johnson, do comitê do Nobel. “A primeira aplicação, que acaba de ser aprovada na China, é no tratamento de anemia”.