26 de novembro de 2024
  • :
  • :

Bolsonaro diz que governo quer aprovar outras reformas

Bolsonaro diz que governo quer aprovar outras reformas

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (23) que a aprovação do texto base da reforma da Previdência no Senado deu uma sinalização positiva para o mercado e que logo o governo vai partir para as outras reformas, como a tributária e a administrativa.

“A que for mais fácil passar, as duas são importantes. A tributária sempre é complicada, há muito tempo se tenta e não se consegue. Acredito eu que a administrativa vai ser de menos difícil tramitação”, disse em entrevista à imprensa, durante sua viagem ao Japão.

Bolsonaro comemorou o placar de votação do texto da reforma da Previdência – 60 votos pela aprovação contra 19 – e agradeceu a articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O governo aguarda agora o término da votação dos destaques da matéria, previsto para esta quarta-feira. “[Devemos a reforma] ao parlamento brasileiro, a conscientização da maioria que essas reformas são necessárias para que o Brasil não corra risco econômico no futuro”, disse. “A economia está reagindo a essas ações do parlamento e elas foram muito bem-vindas.”

Japão – Após reunião com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que foi dado “mais um passo” para viabilizar o acordo comercial entre o Mercosul e o Japão. Segundo Bolsonaro, o início das negociações será formalizado em novembro, quando Abe vai ao Brasil.

“Demos mais um passo na questão (do acordo) do Mercosul. Há interesse por parte dele (Abe) também”, declarou Bolsonaro. Questionado se é possível oficializar o início do acordo no próximo mês, com a visita de Abe ao País, o presidente respondeu que sim. “Não há a menor dúvida”, enfatizou.

O terceiro encontro entre Bolsonaro e o primeiro-ministro ocorreu no Palácio Akasaka, em Tóquio, e durou cerca de 15 minutos. “A reunião foi excelente”, afirmou o presidente.

Bolsonaro também disse que recebeu o apoio de Abe para que o Brasil entre na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), embora admita que o processo deve demorar.

“Ele (Abe) falou que está favorável ao Brasil entrar. É uma operação demorada, dois, três anos…. Tem o apoio de peso que nós temos, já tivemos Israel e tantos outros. Tudo está caminhando bem para que tenhamos a coroação de uma viagem de sucesso”, afirmou.

Interessado na abertura do mercado japonês para a carne brasileira, Bolsonaro convidou o primeiro-ministro para comer churrasco no Brasil. “Vamos a uma churrascaria”, contou o presidente. Ao chegar no Japão, na segunda-feira, ele brincou que não comeria carne no país até que suínos e bovinos brasileiros sejam comercializados em restaurantes japoneses.

Bolsonaro e Shinzo Abe trataram, ainda, de uma possível parceria entre os países envolvendo minérios raros como nióbio, grafeno e lítio. De acordo com um assessor presidencial, a parceria envolveria principalmente investimentos e pesquisas na área. Ainda de acordo com esse assessor, a parceria está “ganhando concretude”.

O presidente brasileiro aproveitou para destacar a aprovação do texto-base da reforma da Previdência no Senado e reforçou o interesse do Brasil de atrair mais investimentos e parcerias estrangeiras.

Além disso, afirmou que quer estimular parcerias educacionais para que mais brasileiros participem programas de estudo e trabalho no Japão. Na visão de integrantes do Itamaraty, a presença de Bolsonaro como único chefe de Estado da América do Sul para a coroação do imperador japonês, Naruhito, foi vista como um gesto de boa vontade.

Bolsonaro também se encontrou com representantes da comunidade brasileira no Japão e com empresários japoneses. Mais de 200 mil brasileiros vivem no Japão, ficando atrás apenas das colônias brasileiras nos Estados Unidos e no Paraguai. Nesta noite, Bolsonaro também participa de um banquete oferecido pelo primeiro-ministro a todos os chefes de Estado presentes na entronização do imperador.

Amanhã (24), a comitiva presidencial partirá para a China, depois Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita.

Foto: José Dias/PR




Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *