A procuradora do Ministério Público, Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), confirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (30), que o porteiro responsável pelo envolvimento do nome do presidente Jair Bolsonaro na morte da vereadora Marielle Franco, mentiu após depoimento à Polícia Civil. Segundo Simone, o responsável por autorizar a entrada de Élcio Queiroz no condomínio do parlamentar é Ronnie Lessa, suspeito de ter realizado os disparos.
Na ocasião, foram prestados dois depoimentos. Primeiro, informou que ligou para casa de Bolsonaro. Em seguida, confrontado com o áudio da conversa, manteve a versão, contudo, deixou dúvidas nas investigações relacionadas a veracidade das informações prestadas.
A promotoria garantiu que a investigação acessou a planilha da portaria do condomínio e as gravações do interfone que ficou comprovado que o porteiro interfonou para a casa 65, que a entrada de Élcio foi autorizada por Ronnie Lessa, com quem se encontrou.
O Ministério Púbico informou que o porteiro pode ter anotado que Élcio foi para a casa de Bolsonaro por diferentes motivos que , posteriormente serão apurados. Questionada, a promotora afirmou que o porteiro pode ter se equivocado. Ela assegurou que o depoimento dele não bate com a prova técnica, que comprovou que a voz é de Ronnie Lessa, autorizando a entrada de Élcio Queiroz, às 17h07.