A Polícia Federal chegou a pedidr a prisão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na ação deflagrada nesta terça-feira (5) para investigar repasse de R$ 40 milhões para políticos do MDB. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido.
Também tiveram as prisões pedidas o ex-ministro Guido Mantega, o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira e do ex-senador Valdir Raupp. Nenhum deles ocupa cargo público atualmente e, portanto, não teriam foro privilegiado. Também foi pedida prisão do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU). Fachin negou também todos estes pedidos de prisão.
Os investigadores alegaram que a prisão era necessária para impedir interferências dos citados no caso e garantir as diligÊncias. “É imprescindível a decretação da prisão temporária dos investigados de maior relevância nos crimes praticados pela associação criminosa, bem como daqueles que atuaram na entrega e no recebimento em espécie das quantias ilícitas”, dizia o pedido.
Consultada, a Procuradoria Geral da República (PGR) também foi contra a prisão, afirmando não haver elementos suficientes que justifiquem o pedido.
Nova ação – A operação mira pessoas com foro privilegiado em razão de uma investigação em curso perante o STF. De acordo com a PF, a operação ocorre em sigilo e nenhum nome será divulgado. Mas o blog Radar, da revista Veja, afirma que a operação tem entre seus alvos os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), além do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU).
Ainda de acordo com a revista, a operação mira autoridades com foro privilegiado em razão de uma investigação em curso perante o STF. “Atendendo às determinações do Ministro Luiz Edson Fachin, que assina as ordens judiciais, a Polícia Federal informa que não realizará qualquer divulgação das ações realizadas desde as primeiras horas da manhã”, diz nota da corporação.