A chuva torrencial que caiu sobre Salvador, nesta terça-feira (26), interrompeu inúmeros serviços, desabrigou famílias e preocupou os órgãos públicos, que declararam alerta máximo. Em coletiva de imprensa no meio tarde, o prefeito ACM Neto fez um balanço dos impactos e das ações do município para conter os transtornos. Segundo o gestor, o episódio foi totalmente inesperado. A capital registrou o novembro mais chuvoso dos últimos cinco anos, com uma incidência pluviométrica média de 170mm num intervalo de apenas três horas. A média esperada para o mês inteiro era de 106,5mm.
No final da tarde, 331 ocorrências de diversos tipos haviam sido registradas, conforme boletim da Defesa Civil de Salvador (Codesal). As maiores solicitações foram por deslizamento de terra e alagamento de imóvel. O pico do volume de chuva aconteceu entre 7h e 10h da manhã e teve os bairros da Liberdade e São Caetano como os mais atingidos. Nestes dois lugares, choveu 278mm. Outras duas localidades consideradas muito afetadas foram Bom Juá (243,2) e Centro (231,4).
Durante a entrevista para a imprensa, o prefeito ACM Neto disse que, pela primeira vez na história, foi preciso acionar as sirenes de 10 das 11 áreas monitoradas pelo município. São regiões de encosta e que, por isso, ficam em risco durante períodos de chuvas intensas. Estes sistemas começaram a entrar em funcionamento em 2016 e o último a ser instalado foi o de São Caetano, em outubro. As sirenes são acionadas quando o volume de chuvas acumulado em determinada região ultrapassa 150mm em 72 horas.
Desabrigados – O dia de chuva forte em Salvador fez com que 478 pessoas, sendo 156 crianças, deixassem suas casas e fossem abrigadas provisoriamente em 10 escolas municipais ou em casas de parentes e vizinhos. Felizmente, não houve registro de vítimas fatais. O prefeito assegurou que as famílias assistidas receberão os devidos auxílios emergenciais, tanto o de moradia quanto o de indenização por perda de bens e equipamentos domésticos.