27 de novembro de 2024
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Rússia é excluída dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Rússia é excluída dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

A Agência Mundial Antidoping (Wada) decidiu excluir a Rússia dos Jogos Olímpicos durante quatro anos, o que significa que o país não disputará Tóquio-2020 e os Jogos de Inverno de Pequim-2022, em consequência da falsificação de dados dos controles entregues à entidade. O anúncio foi feito pelo porta-voz da agência, James Fitzgerald, após um comitê executivo celebrado nesta segunda-feira (09) em Lausanne.

“A lista completa de recomendações (de sanções por parte do Comitê de Revisão de Conformidade, CRC) foi aprovada por unanimidade dos 12 membros do comitê executivo”, declarou Fitzgerald. O CRC recomendou a exclusão da bandeira da Rússia dos Jogos e de qualquer campeonato mundial por quatro anos, com a possível presença de atletas russos sob a bandeira “neutra”.

“Isso significa que os atletas russos, se quiserem participar dos Jogos Olímpicos ou Paralímpicos, ou qualquer outro grande evento, deverão demonstrar que não estão envolvidos nos programas de doping descritos no relatório ‘McLaren’ ou que suas amostras não foram falsificadas”, disse Fitzgerald.

A decisão da Wada pode ser objeto de apelação dentro do prazo de 21 dias no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), pela Agência Russa Antidoping (Rusada) ou pelo Comitê Olímpico Russo (ROC) ou qualquer federação internacional envolvida. O recurso será suspensivo e as sanções não serão aplicáveis até que o TAS as confirme.

Entre as outras medidas aprovadas nesta segunda-feira pela Wada, a proibição por quatro anos de atribuir a organização de grandes competições (Jogos Olímpicos e Mundiais) à Rússia. As sanções são a consequência da falsificação dos dados dos controles antidoping entregues pela Rússia à Wada no início deste ano.

A entrega por Moscou de milhares de dados brutos de controle, armazenados nos servidores do antigo laboratório de Moscou, sob a supervisão do poderoso Comitê de Investigação da Rússia, era de fato uma condição estrita imposta pela Wada para retirar, no final de 2018, a suspensão anterior da Rusada.

O órgão antidoping mundial esperava, assim, trazer à luz os controles positivos que não tiveram consequências, abrir processos disciplinares contra atletas e encerrar o caso uma vez por todas. Mas especialistas enviados pela Wada descobriram que “centenas” de resultados suspeitos foram apagados, alguns entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, pouco antes da entrega dos dados.




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