Salvador está entre as seis cidades brasileiras que conseguiram reduzir o número de mortes no trânsito. Além da capital baiana, Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Rio Branco e Porto Alegre também atingiram a meta de 50% – de 2011 até 2020 – estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com 55% da determinação alcançada antecipadamente, Salvador foi a segunda melhor avaliada e só perde para Rio Branco, capital do Acre, que atingiu 64% da meta, conforme levantamento divulgado pela Folha de São Paulo. Os dados percentuais levam em consideração o índice de mortes para cada 100 mil habitantes.
A capital baiana tem o menor índice de mortes de trânsito dede 2016. Capitais como Recife, Fortaleza, São Paulo, Belém e Campo Grande também apresentaram reduções e devem alcançar a meta até o próximo ano. Ainda conforme a avaliação, o trânsito de Palmas (TO) é considerado o último no quesito segurança, com taxa de mortalidade de 18,84% por 100 mil habitantes em 2018.
A meta estabelecida pela ONU visa minimizar os impactos causados pelas mortes. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), na Bahia, 52% de internações são com vítimas de trânsito. O Sistema Único de Saúde (SUS) aponta que 36 mil pessoas morrem anualmente no país em decorrência de acidentes de trânsito, o que interfere diretamente em recursos destinados à saúde pública e previdência social.
Radares e bafômetros – Para Fabrizzio Muller, superintendente da Transalvador, o destaque conquistado é fruto de um trabalho conjunto desenvolvido por toda gestão municipal, que passa desde a intensificação da fiscalização, com uso de radares e bafômetros, até o investimento em novos projetos viários.
Muller também atribui o mérito à criação do comitê Vida no Trânsito, que congrega o Ministério da Saúde, as polícias rodoviárias (estadual e federal) e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).