A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, neste sábado (21), o deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB) e outros seis suspeitos no interior da ParaÃba, alvos da operação Pés de Barro da PolÃcia Federal. O grupo é acusado dos crimes de corrupção e organização criminosa.
A PolÃcia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do parlamentar neste sábado, inclusive no seu gabinete na Câmara e em sua residência. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou seu afastamento do cargo de deputado federal. Na mesma operação, o prefeito de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes (PSDB), foi preso.
Segundo a denúncia apresentada pela PGR, o grupo de denunciados, “de comum acordo e em comunhão de vontades, passaram a integrar organização criminosa (…) com o objetivo de angariar vantagem patrimonial indevida (…) por meio da prática reiterada de crimes de corrupção passiva.”
A denúncia apresenta uma conversa de WhatsApp, por exemplo, em que uma pessoa discute o trâmite do suposto pagamento de propina a Wilson Santiago. Traz também fotos em que o ex-prefeito de Uiraúna coloca dinheiro na cueca, valores que, segundo a PGR, eram destinados a Wilson Santiago por favorecimento.
“O grupo é acusado de desviar recursos públicos destinados à construção da Adutora Capivara, localizada no municÃpio paraibano. As investigações revelaram que, entre outubro de 2018 e novembro de 2019, a empresa Coenco Construções, responsável pelas obras, recebeu dos cofres públicos R$ 14,7 milhões e, em decorrência da ação criminosa, repassou R$ 1,2 milhão ao parlamentar e R$ 633 mil ao prefeito, como propina”, afirma a Procuradoria.