A Austrália mobilizou 3 mil reservistas neste sábado (4) para mais um dia de combate a incêndios em condições “catastróficas” no sudeste do país, onde houve duas novas vítimas, o que elevou o número de mortos pelo fogo para 23.
As mortes ocorreram na Ilha Kangaroo, a terceira maior do país, localizada a 112 quilômetros de Adelaide, no Estado da Austrália do Sul, onde foram queimados 100 mil hectares, a maioria no Flinders Chase National Park, lar de 60 mil cangurus, 50 mil coalas e animais em extinção.
“Está nos custando um preço alto”, declarou aos repórteres o primeiro-ministro Scott Morrison, lembrando as vítimas e as mais de 1,5 mil casas que foram queimadas em todo o país desde setembro.
Morrison anunciou o envio de reservistas e do navio Adelaide para ajudar a retirar a população afetada da zona de perigo, a abertura de bases militares para alojar temporariamente as vítimas e uma soma de 20 milhões de dólares australianos (R$ 56,56 milhões) para alugar quatro hidroaviões, entre outros veículos aéreos.
“Estamos colocando mais botas das forças de defesa no chão, mais aviões no céu, mais navios no mar e mais caminhões para apoiar o combate a incêndios e os esforços de recuperação como parte da resposta coordenada a esses terríveis incêndios”, afirmou o premiê através do Twitter.
Morrison fez o anúncio depois de semanas de críticas pela sua falta de resposta aos incêndios e à mudança climática, e depois de ter enfrentado a rejeição dos moradores das áreas atingidas pelo fogo que se recusaram a lhe apertar a mão e o insultaram.