26 de novembro de 2024
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Brasil e demais países do Grupo de Lima mantêm apoio a Guaidó na Venezuela

Brasil e demais países do Grupo de Lima mantêm apoio a Guaidó na Venezuela

Os países do Grupo de Lima, bloco do qual o Brasil faz parte, disseram neste domingo que não reconhecem o resultado da nova eleição para a presidência da Assembleia Nacional da Venezuela após Juan Guaidó e outros opositores terem sido impedidos de entrar na sede do parlamento pelas forças de segurança comandadas por Nicolás Maduro.

“A Assembleia Nacional tem o direito constitucional de se reunir sem intimidações nem interferências para eleger seu presidente e sua diretoria. Por isso, desconhecemos o resultado de uma eleição que vulnera esses direitos e que ocorreu sem a plena participação dos deputados que estavam presentes na sessão”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Peru em comunicado.

Além do Peru, nota foi assinada por Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai e Santa Lúcia. Uruguai e os Estados Unidos, que não fazem parte do Grupo de Lima, também disseram que não reconhecerão os resultados da votação.

O Grupo de Lima também condenou o uso da força pelo “regime ditatorial” da Maduro para impedir que os deputados da oposição participassem da reunião que elegeu, com apoio dos chavistas, Luis Parra como novo presidente da Assembleia Nacional.

Imagens feitas pela Agência Efe mostram Guaidó, depois de horas mantido do lado de fora do Palácio Legislativo, tentando pular uma grade para ter acesso ao prédio, mas sendo impedido pelas forças de segurança.

No comunicado, o bloco também pediu que a comunidade internacional trabalhe de maneira conjunta para reestabelecer a democracia e o estado de direito na Venezuela.

Depois da eleição contestada, Guiadó foi reeleito presidente da Assembleia Nacional em uma “sessão paralela” realizada na sede do jornal “El Nacional”, no leste de Caracas. Somente deputados opositores participaram da votação.

Enquanto aliados de Guaidó dizem que a votação que elegeu Parra foi um “golpe ao parlamento”, Maduro e o contestado presidente do parlamento afirmam que o opositor não foi impedido de entrar na sede do Legislativo, apesar dos vídeos que mostram o contrário, e não tinha os votos necessários para se reeleger.

O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou os atos de violência e “qualquer ação de usurpação” contrária à legitimidade do parlamento da Venezuela.




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