O Manchester City foi excluído nesta sexta-feira (14) das competições europeias das próximas duas temporadas devido a violações das regras do fair play financeiro, anunciou a União das Associações Europeias de Futebol (UEFA).
O time comandado pelo técnico espanhol Josep Guardiola, atualmente o segundo colocado na Premier League inglesa e classificado para as oitavas-de-final da Liga dos Campeões, também foi punido com uma multa de 30 milhões de euros. Essas sanções estão sujeitas a recurso, disse a Uefa, e logo depois de tomar conhecimento da sanção, o City anunciou em comunicado que levará o caso ao Tribunal de Arbitragem do Esporte (TAS).
A Comissão de Controle Financeiro de Clubes (ICFC) considerou que o City é culpado de “violações graves” das regras do fair play financeiro, o princípio pelo qual um clube participante de competições europeias da Uefa não pode gastar mais do que fatura, dentro de certos parâmetros estabelecidos para evitar endividamento excessivo e monitorar de perto as injeções de capital dos proprietários.
O clube é de propriedade de um membro da família real de Abu Dhabi e também foi punido por ter “supervalorizado a renda dos contratos de patrocínio em suas contas no período 2012-2016”.
Por tudo isso, o Manchester City está “excluído das competições europeias nas temporadas 2020-2021 e 2021-2022”, decidiu a Uefa.
O investigador-chefe da ICFC, o ex-primeiro-ministro belga Yves Leterme, havia recomendado que o City fosse suspenso da Liga dos Campeões no relatório que disponibilizou em maio à Câmara de Investigação, segundo vários meios de comunicação.
No ponto de partida da investigação iniciada pela Uefa estão os “Football Leaks”, as investigações realizadas por um consórcio de jornais europeus, que revelaram o uso do Manchester City para supervalorizar contratos de patrocínio, entre outras práticas.
O Manchester City já havia sido punido com uma multa de 60 milhões de euros, dos quais 20 milhões em 2014 por violar as regras do fair play financeiro da Uefa.