A Prefeitura, por meio da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), montou uma operação para deixar a cidade novinha em folha todos os dias de Carnaval, além de promover ações em prol do meio ambiente.
Em 2020, a ação envolve mais de quatro mil colaboradores, entre coordenadores, agentes de limpeza, de coleta e de lavagem de vias em todos os circuitos e nas festas dos bairros. Para dar suporte aos trabalhos, são usados 57 compactadores, 53 carros-pipa e 22 caminhões de sucção.
Os foliões têm à disposição quase três mil sanitários químicos e 80 contêineres climatizados – alguns deles com chuveiros para servir, principalmente, aos ambulantes que trabalham até a Quarta-feira de Cinzas.
Toneladas – Se, em 2019, a quantidade de resíduos coletada foi de 1,7 mil toneladas, a expectativa é que o volume aumente. “Isso se deve ao número maior de turistas esperado para este ano. Inclusive, para reduzir os impactos de todo esse lixo gerado, nós firmamos parcerias e adotamos diversas medidas que, com certeza, serão fundamentais para os foliões e para o meio ambiente”, destacou o presidente da Limpurb, Marcus Passos.
Entre as iniciativas estão o desenvolvimento e a distribuição de tonéis de 400 litros, que possuem o dobro da capacidade convencional, no Circuito Dodô (Barra/Ondina). “Nos equipamentos, de preferência, devem ser descartados materiais recicláveis, como latinhas, garrafas pet, plásticos e papel, que serão aproveitados pelos catadores”, avisa Passos.
Reciclagem – O órgão também coloca em campo as equipes de educação ambiental, com o intuito de orientar os ambulantes às melhores práticas durante a folia. Em todos os dias da festa, os agentes distribuem sacos plásticos, esclarecem sobre o acondicionamento dos resíduos e a necessidade de manter os espaços limpos.
Além disso, a Limpurb ampliou o apoio às cooperativas de catadores: são 14 este ano, que terão à disposição dez centrais de Apoio ao Catador espalhadas pelos circuitos, em uma ação conjunta com a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis) e a Ambev.
Quatro caminhões-baú ajudarão no transporte dos materiais recicláveis armazenados nas centrais. Para guardar os materiais, foram doadas mais de 250 big bags, com qualidade e capacidade de armazenamento superior às sacolas que os catadores costumam usar no dia a dia.
Fortalecimento e incentivo – Para oferecer mais conforto aos cooperados que trabalham nos circuitos Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Centro), foram instalados sanitários químicos com pia e reservatório. Além disso, uma das exigências da Limpurb é a de que todos os camarotes firmassem parcerias com as entidades cadastradas, responsáveis pela triagem dos resíduos recicláveis gerados nos espaços. Todo o montante coletado será doado a essas entidades.
O órgão também apoia, pelo oitavo ano consecutivo, o projeto “Plástico é Vida”, idealizado pela Cooperativa dos Recicladores da Unidade do Ogunjá (Cooperbari). A meta é contribuir para a preservação do meio ambiente, coletando exclusivamente plástico, material gerado em grande quantidade durante a festa e considerado de baixo custo pelos catadores quando comparado a latinhas de alumínio, por exemplo. Para facilitar o trabalho dos catadores hÁ um caminhão compactador e atuação da equipe de varrição, juntando todo o material para o centro da pista, predominantemente plástico.
Nova base e passarelas – A Limpurb montou, ainda, uma nova base na Marquês de Leão, com sete novos sanitários climatizados disponíveis para toda a população. Para evitar que os catadores se desloquem por longas distâncias com seus materiais, no mesmo local foi instalado um compactador de resíduos.
A passarela – famoso momento quando os agentes de limpeza passam limpando a avenida, com vassouras na mão e de forma sincronizada, logo após a passagem dos blocos – já está presente em mais um local. Além do Campo Grande, a Barra também tem duas passarelas.