O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) orientou as confederações filiadas, atletas e comissões técnicas a evitar viagens a países onde há maior risco de transmissão pelo novo coronavírus (Covid-19). Em nota oficial emitida pelo departamento médico da entidade, China e Coreia do Sul são considerados destinos “contraindicados”, enquanto idas a Irã, Itália e Japão “devem ser evitadas por idosos e pessoas com doenças crônicas”.
O documento pondera que outras viagens ao exterior “podem acontecer adotando medidas de proteção contra a infecção” e ressalta que se avalie a “importância da competição frente ao calendário olímpico”. O COB recomenda também que os planos de voo sejam conferidos, pois “muitos deles fazem conexões em países de maior risco”.
No site oficial, o COB informou, segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), que a preparação para a Olimpíada de Tóquio, no Japão, continua como “planejada”. A entidade acredita, ainda, que a competição será realizada na data prevista, entre 24 de julho e 9 de agosto.
A disseminação do novo coronavírus pelo mundo tem levado ao adiamento ou cancelamento de eventos esportivos ao redor do mundo. A Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, sigla em inglês), por exemplo, adiou para junho a realização do Mundial por equipes da modalidade, previsto para março na Coreia do Sul – o local da competição, por enquanto, está mantido. O Brasil participaria com as seleções masculina e feminina.
Competições paralímpicas também têm sido remarcadas ou não acontecerão mais neste ano. A etapa de Lignano Sabbiadoro (Itália) da World Series, circuito mundial de natação, que deveria ter começado nesta sexta-feira, 28, foi cancelada por causa do avanço do Covid-19 no país europeu. A delegação brasileira, que reunia 33 pessoas, teve de retornar às pressas, pois soube do cancelamento somente ao chegar na sede do evento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou nesta sexta, 28, o risco em nível global de disseminação do novo coronavírus para “muito alto”. A China foi o epicentro da doença, tendo registrado quase 79 mil casos e 2.791 mortes. No resto do mundo, segundo a OMS, são mais de 4,3 mil incidências da epidemia – uma delas no Brasil, em São Paulo – e 67 mortes.