O deputado estadual Alan Sanches (DEM) questionou segunda-feira (02) quando é que o governo do estado chamará para si a responsabilidade de despoluir as praias da Bahia.
Segundo o deputado, “é uma vergonha ter de dizer aos turistas, em plena alta estação, que as praias do Farol da Barra, Pituba, Armação, Boca do Rio, Patamares, Cabuçu, Madre de Deus, Gameleira, Tubarão, Periperi, Bogari, entre várias outras, são praias impróprias para banho”.
Sanches recorda que, entre 1995 e 2004, “tempo em que a Bahia tinha suas contas ajustadas”, foi possível implementar um programa chamado Bahia Azul, que possibilitou que a população atendida por rede de esgoto em Salvador subisse de 26% para 80%.
“Quase não havia praias impróprias para banho na capital baiana. Mas hoje basta verificar o boletim divulgado pelo Inema e veremos que as praias, em sua maioria, estão poluídas”, lamenta o deputado, lembrando que o boletim de balneabilidade divulgado pelo Inema “indica a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, ou seja, direto e prolongado, onde a possibilidade de ingestão é elevada”.
Pelos critérios adotados pelo Inema, a restrição ao banho de mar ocorre quando há presença da bactéria “Escherichia coli”, abundante em fezes humanas e de animais, e encontrada em esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal recente. A balneabilidade é considerada “Imprópria” quando a densidade de E. coli supera 800 UFC/100 ml, em duas ou mais amostras.
“O mais curioso é que o Inema sugere que baixemos o aplicativo Vai dar Praia para sabermos se podemos dar um mergulho ou não. E o aplicativo sempre responde negativamente”, observa Sanches, sugerindo que o governo do estado realize investimentos em saneamento básico para despoluir as praias baianas.