Em Brasília, um grupo de pessoas decidiu ir às ruas neste domingo (15) protestar, mesmo após um decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) proibir eventos que reunissem público superior a 100 pessoas, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Portando roupas e bandeiras verde e amarelas, além de cartazes contendo frases contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), os manifestantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios até o gramado em frente ao Congresso Nacional. Eles foram seguidos por uma carreata. A Polícia Militar do DF não estimou o número de participantes.
Também foram registradas manifestações em outras cidades do país durante a manhã, como Belém e o Rio de Janeiro.
Em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro postou vídeos da carreata em Brasília e na capital do Pará, e de passeatas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e em Ribeirão Preto (SP). Na última quinta-feira (12), em pronunciamento veiculado em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente classificou as manifestações como “legítimas” e “expressões da liberdade”, mas recomendou que, em meio à pandemia de coronavrírus, as pessoas repensassem a ida às ruas .
Rio de Janeiro – Um grupo de manifestantes se reuniu hoje (15) na altura do posto 4 da Praia de Copacabana, próximo à Rua Constante Ramos, na zona sul do Rio. Segundo os organizadores, o ato foi a favor do governo. Não houve avaliação de quantas pessoas participaram da manifestação.
As primeiras pessoas chegaram ao local antes das 10h e às 13h continuavam lá acompanhando os discursos, que eram feitos do alto de um carro de som decorado com faixas que criticavam o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Muitos carregavam bandeiras do Brasil e a maior parte se vestia de verde e amarelo.
O presidente Jair Bolsonaro saiu da residência presidencial e saudou os manifestantes. Ele pegou uma bandeira do Brasil e fez uma “volta olímpica” com os apoiadores.
A dona de casa Cristina Siqueira Lemos disse que estava no ato porque torce pelo governo e pelo país. Ela estava acompanhada de amigos e familiares. “A manifestação chama a atenção para resolver o problema do nosso país, de tudo que a gente vive e da corrupção”, disse. Para Cristina, as notícias sobre o efeito do coronavírus foram as causas de menor participação no ato.
A taxista Lima Ressor, que faz parte do Movimento Limpa Brasil, organizador da manifestação, também participou do evento. “A nossa pauta é a agenda do governo”, afirmou.
São Paulo – Na Avenida Paulista, manifestantes fazem ato nesta tarde, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), havia bloqueio dos dois sentidos da avenida, próximo à Rua Pamplona, por volta das 13h30. Vestidos de verde e amarelo, alguns com camisas da Seleção Brasileira de Futebol, os manifestantes levaram bandeiras do Brasil para o ato, mensagens de apoio ao presidente e pedidos de intervenção militar.
Foi suspenso hoje em São Paulo, pela prefeitura, o Programa Ruas Abertas, que libera a Avenida Paulista apenas para pedestres, o que deixou a via livre para carros. O cancelamento do Ruas Abertas integra as ações de combate à disseminação do coronavírus. Mesmo assim, os manifestantes bloquearam trecho da via, concentrados próximo ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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