O Senado Federal aprovou neste sábado (2), em sessão remota, o projeto de lei que estabelece uma ajuda financeira emergencial a estados e municÃpios durante a pandemia do novo coronavÃrus. O pacote de medidas terá um custo estimado de cerca de R$ 120 bilhões para a União.
O texto foi aprovado, após cerca de seis horas de sessão, por 79 votos a 1. Dos 81 senadores, apenas Randolfe Rodrigues (Rede-AP) votou contra. O senador Weverton (PDT-MA) presidiu a sessão e, por isso, não votou.
O projeto já havia passado pela Câmara dos Deputados, mas, como sofreu modificações, precisará ser reanalisado pelos deputados.
O objetivo da proposta é reduzir os efeitos da queda de arrecadação de impostos de estados e municÃpios em razão das medidas de combate ao avanço da doença, como o fechamento de comércios e empresas.
O texto condiciona a liberação de recursos aos governos locais ao congelamento do salário de servidores públicos até 31 de dezembro de 2021.
A única exceção será para os servidores civis e militares dos estados, do Distrito Federal e municipais das áreas de saúde e de segurança pública, além dos integrantes das Forças Armadas, diretamente envolvidos no combate à pandemia
A liberação do reajuste salarial a esses profissionais atendeu ao apelo de diversos partidos e foi feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também é o relator da matéria.
Segundo Alcolumbre, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, concluÃda a votação no Senado, o projeto será colocado em votação pelos deputados na segunda-feira (4), sem novas alterações.
Caso os deputados aprovem o texto, sem mais modificações, o projeto segue para a sanção pelo presidente da República, Jair Bolsonar.
O programa estabelece R$ 60 bilhões de repasses da União a estados e municÃpios para financiar ações de enfrentamento ao coronavÃrus; R$ 49 bilhões de economia com a suspensão do pagamento de dÃvidas com a União e bancos, como BNDES e Caixa; R$ 10,6 bilhões de economia potencial com a renegociação de contratos com organismos internacionais; e medidas adicionais de simplificação da gestão orçamentária e contratual para enfrentamento à pandemia.