Morreu nesta segunda-feira (24), o técnico Oswaldo Alverez, conhecido como Vadão. Ele tinha 63 anos e estava internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo por conta de um câncer no fígado, que atingiu também outros órgãos. O corpo de Vadão será enterrado em Monte Azul Paulista, cidade natal do treinador.
Vadão estava internado na Unidade de Terapia Intensiva desde o último dia 12 com um tumor no aparelho digestivo. O técnico de 63 anos foi diagnosticado com a doença em dezembro, quando estava fazendo exames de rotina. Desde então, vinha realizando tratamento, mas o quadro era considerado grave.
Vadão deixa a esposa Ana Alvarez e dois filhos, Adriano e Carolina Alvarez.
Oswaldo Fumeiro Alvarez, ou simplesmente Vadão, começou a carreira de técnico no Mogi Mirim, onde foi responsável por montar o famoso ‘carrossel caipira’ no início dos anos 90. Este time, na época, usava um esquema tático parecido à seleção da Holanda, com troca de posições entre os jogadores, que revolucionou o futebol mundial em 1974 na Copa da Alemanha. O Mogi contava ainda com bons jogadores como o trio formado por Rivaldo, Leto e Válber, além do zagueiro Capone.
A primeira passagem do treinador pelo futebol baiano aconteceu em 2004. Naquele ano, Vadão foi o técnico do Bahia durante toda a temporada. Na Série B, o Esquadrão conseguiu chegar até a última rodada com chances de acesso, mas acabou derrotado pelo Brasiliense, na Fonte Nova, e deu adeus ao sonho de voltar à Série A.
Vadão voltou à Bahia em 2007, dessa vez para comandar o Vitória. Ele assumiu o rubro-negro durante a Série B, ocupando o cargo que era de Marco Aurélio, e conseguiu levar o Leão à primeira divisão.
No currículo, Vadão tem ainda o vice-campeão brasileiro da Série B do Campeonato Brasileiro e vice do Paulista pelo Guarani. É tratado com idolatria também pela arquirrival Ponte Preta, clube no qual dirigiu em quatro oportunidades. Ele também passou por clubes como Sport e Corinthians.
Em 2001, Vadão era o técnico do São Paulo que conquistou o Torneio Rio-São Paulo. Ele ficou marcado durante a competição por ter revelado o meia Kaká, que depois viria se tornar ídolo da equipe e campeão do mundo com a Seleção Brasileira na Copa de 2002.
Seu último trabalho foi na seleção brasileira feminina. Deixou o comando em meados do ano passado após o Mundial da França. Em suas duas passagens pela equipe nacional, Vadão conquistou duas Copas Américas (2014 e 2018), a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2015, dois Torneios Internacionais, além de um quarto lugar nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.