Uma unidade da fábrica de calçados Ramarim, localizada em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, anunciou, nesta terça-feira (26), o encerramento das atividades. Devido ao fechamento, relacionado à crise causada pela pandemia, há informações prévias de que mais de 300 funcionários foram demitidos. A indústria pertence a um grupo gaúcho e tinha sido instalada há apenas cinco anos.
Em nota a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) informou que está acompanhando o anúncio. A secretaria teve uma reunião com executivos da empresa, que justificaram que a “interrupção” foi necessária, mas que os direitos trabalhistas dos empregados serão respeitados.
A companhia também afirmou à SDE que há possibilidade de transferência de alguns funcionários para as duas unidades fabris de Jequié, onde será concentrada a produção da marca. A secretaria lamentou os desligamentos dos funcionários e disse que, numa perspectiva de melhoria do mercado pós-pandemia, será avaliada a possibilidade de retorno da operação na fábrica.
Azaleia – Por causa da pandemia, a fábrica de calçados da Azaleia, localizada em Itapetinga, no Sudoeste da Bahia, decidiu encerrar o funcionamento e demitiu cerca de 600 funcionários, conforme noticiou a TV Bahia.
Os desligamentos já começarão a acontecer nesta sexta-feira (29). De acordo com a matéria, o Sindicato de Calçados de Itapetinga informou que as demissões foram justificadas para a redução de custos com os transportes dos trabalhadores, que moram em outras cidades como Macarani, Itambé, Itororó, Firmino Alves e Caatiba.
(Foto: Reprodução/Facebook)
Ao todo, a unidade tem 640 funcionários, sendo que 600 vivem em cidades circunvizinhas e apenas 40 moram em Itapetinga. O sindicato acrescentou que conseguiu um acordo com a empresa e, se os funcionários quiserem morar em Itapetinga ou irem para o trabalho por conta própria, não serão demitidos e receberão ajuda de custo mensal de R$ 140. Já para os empregados que não aderirem, a empresa dará os devidos direitos trabalhistas e cestas básicas por um ano.
Em 2011, conforme informações disponíveis no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), havia 18 fábricas do Grupo Vulcabras/Azaleia na região de Itapetinga, polo calçadista. A companhia é detentora das marcas Azaleia, Dijean, Olympikus, Opanka, Under Armour e Botas Vulcabras.
No seu site, a empresa informa que possui 14 mil funcionários distribuídos em duas unidades produtivas no Nordeste, uma em Horizonte, no Ceará, e outra em Itapetinga.
Foto: Divulgação/Ramarim