26 de novembro de 2024
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Autoridade militar dos EUA pede desculpas por participar de ato político de Trump

Autoridade militar dos EUA pede desculpas por participar de ato político de Trump

O chefe do Estado Maior dos EUA, o general Mark Milley, pediu desculpas nesta quinta-feira (11) por ter participado da caminhada do presidente Donald Trump para posar para uma foto em frente à igreja de St. John, próxima à Casa Branca, em Washington.

Para que Trump pudesse caminhar pela rua até o templo – que havia sido parcialmente atingido por um incêndio e pichado na noite anterior – a polícia dispersou, com gás lacrimogêneo e balas de borracha, uma multidão que participava de um protesto contra racismo e violência policial na área, no dia 2 de junho.

No local, Trump posou para fotógrafos com uma Bíblia na mão, em frente às janelas da igreja cobertas por tapumes. A atitude foi severamente criticada por adversários políticos e autoridades eclesiásticas.

“Eu não deveria ter estado lá”, disse Milley, em um discurso em vídeo que gravou para exibição no início do ano letivo na Universidade Nacional de Defesa. “Minha presença naquele momento e naquele ambiente criou uma percepção de envolvimento dos militares na política interna.”

“Como oficial da ativa uniformizado, foi um erro com o qual aprendi”, disse Milley. “Devemos defender o princípio de um Exército apolítico que está tão profundamente enraizado na própria essência de nossa república”, disse ele. “Isso leva tempo, trabalho e esforço, mas pode ser a mais importante coisa que cada um de nós faz a cada dia.”

Milley também expressou sua indignação com “o assassinato sem sentido e brutal de George Floyd” e pediu aos oficiais militares a reconhecê-lo como um reflexo de séculos de injustiça em relação aos afroamericanos. Ele também reiterou sua oposição às sugestões de Trump de que forças federais sejam destacadas para reprimir protestos no país.

Segundo o jornal “New York Times”, amigos de Milley disseram que nos últimos dias ele estava angustiado por ter aparecido — trajando o uniforme de combate que usa para trabalhar — ao lado de Trump na caminhada até a igreja. O general disse aos amigos que acreditava estar indo com Trump e sua comitiva para passar em revista as tropas da Guarda Nacional que estavam na área.




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