Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso em Atibaia, interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (18).
Queiroz estava em um imóvel de Frederick Wasseff, advogado da família Bolsonaro, e foi levado para unidade da Polícia Civil no Centro da capital paulista. Ele passou pelo Instituto Médico Legal e foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Depois, deve ir para o Rio.
O ex-assessor estava na casa havia mais de um ano, contou um dos caseiros à polícia. Em setembro de 2019, entretanto, Wasseff disse que não sabia o paradeiro de Queiroz, argumentando que não era advogado dele.
Policial Militar aposentado, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”, segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Ele trabalhou para o filho do presidente Jair Bolsonaro antes de Flávio tomar posse como senador, no período em que ele era deputado estadual no Rio.
O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão de Queiroz porque encontrou provas com elementos necessários para uma prisão preventiva: o ex-assessor de Flávio Bolsonaro continuava delinquindo, estava fugindo e interferindo na coleta de provas, segundo as investigações.
No Rio, a Polícia Civil também fez buscas no início da manhã em um imóvel que consta na relação de bens do presidente Bolsonaro, em Bento Ribeiro, Zona Norte da capital fluminense.
No final de maio, ao rebater acusações feitas pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, durante transmissão na internet, Flávio Bolsonaro elogiou Queiroz e o chamou de “cara correto” e “trabalhador”.
Em Brasília, nesta manhã, o presidente deixou o Palácio da Alvorada, residência oficial, em um comboio em alta velocidade, e não parou para falar com apoiadores, como costuma fazer rotineiramente.