O artista plástico Bel Borba confecionou a estátua em homenagem às baianas de acarajé, que ficará no trecho da Orla entre os bairros da Pituba e Amaralina
O lugar que vai abrigar essa obra não é difícil de adivinhar: o Largo de Amaralina, que também e conhecido como Largo das Baianas. Feita em concreto e pintada de branco, a composição mede quatro metros de altura e pesa 16 toneladas. De acordo com Bel, a produção, que durou três meses, levou em conta possíveis vulnerabilidades, riscos de danos por eventuais vandalismos, além de uso de materiais que facilitem manutenção.
“Para mim é uma honra imensa e indescritível ter a oportunidade de deixar mais um legado para minha cidade. Acho que é uma justa homenagem que a Prefeitura está fazendo para as baianas, por tudo que elas representam para a nossa cultura e iconografia”, conta Bel Borba.
O artista afirmou que a pandemia acabou atrasando os planos e dobrou o prazo de entrega da estátua. No planejamento de Borba, ela seria entregue em 45 dias.
Além de escultura, o mesmo largo ganhará quiosque em madeira com acomodação para dez baianas de acarajé e espaço para uma roda de capoeira. Também serão instalados um parque infantil, equipamentos para academia de ginástica e quiosque para a comercialização de coco.
Presidente da Associação Nacional das Baiana de Acarajé (Abam), Rita Santos afirma que toda a construção do projeto contou com a participação das trabalhadoras e também de grupos de capoeiristas da cidade. A homenagem serve de alento para mulheres que estão enfrentando sérias dificuldades durante a pandemia: sem vendas, não tem comida em casa. Além disso, muitas dessas profissionais estão dentro dos grupos de risco. Idade elevada e doenças como pressão alta e diabetes não são raridade entre elas.