A primeira refinaria de petróleo do Brasil e a segunda em tamanho e produção do país pertencente à Petrobras, a Landulpho Alves (Rlam), enfrenta um surto de covid-19.
Segundo os sindicatos dos empregados e dos funcionários terceirizados – que somam mais de 2,8 mil trabalhadores – a refinaria, que fica em São Francisco do Conde, no Recôncavo baiano, já registrou 224 casos da doença desde o início da pandemia, em março deste ano. Até agora, uma morte foi contabilizada.
Segundo o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindpetro), nos meses de abril e maio, somente na Rlam, havia 24 casos de empregados que testaram positivo para o novo coronavírus.
Alguns apresentaram sintomas, mas outros eram assintomáticos, o que é um grande perigo, pois indica que o nível de contaminação pode ser ainda maior.
O Sindpetro disse que a refinaria vem negando o fornecimento de informações sobre o estado de saúde dos trabalhadores.
Diante do problema, a entidade traçou um mapa dos trabalhadores contaminados com base nas informações colhidas por uma área corporativa de segurança, meio ambiente e saúde, gerência executiva da Petrobras.
“Essas unidades acabam fornecendo as informações consolidadas para órgãos competentes como o Ministério de Minas e Energia”, explica o diretor da entidade sindical, Deyvid Bacelar. Segundo ele, a Rlam tem 862 funcionários concursados.
Entre os funcionários terceirizados (cerca de 2 mil), o número de contaminados chegaria a 200, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Candeias, Simões Filho, São Sebastião do Passé, São Francisco do Conde e Madre de Deus (Siticcan).