O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou, neste sábado (04), áreas de Santa Catarina afetadas pelo ‘ciclone bomba’ que atingiu a região Sul do Brasil na última terça-feira (30). Acompanhado pela vice-governadora Daniela Reinehr, por membros da equipe de governo e por parlamentares, o presidente usou um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) para verificar, do alto, os estragos na Grande Florianópolis, umas das regiões onde o fenômeno climática causou mortes e prejuízos econômicos.
Após o sobrevoo de cerca de 40 minutos, Bolsonaro se reuniu rapidamente com as autoridades locais.
“Viemos a Santa Catarina para termos contato direto com o que realmente aconteceu com esse ciclone, trazendo desconforto e mortes para alguns dos nossos irmãos aqui de Santa Catarina. E dizer a todos que o nosso governo, em especial através do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que tem a frente aqui o Rogério Marinho, estamos a disposição, para no que for possível, minorar o sofrimento daqueles que foram atingidos. Obviamente nos solidarizamos aos familiares daqueles que perderam suas vidas”, disse o presidente durante encontro.
Em seguida, retornou a Brasília, onde tem compromissos agendados para a tarde deste sábado. Nem ele, nem o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, falaram com os jornalistas que os aguardavam no Aeroporto de Florianópolis – onde a comitiva pousou e de onde regressou à capital federal.
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, que chegou ao estado na sexta-feira, 3, e que já tinha se reunido com representantes do governo catarinense para discutir a ajuda federal no auxílio às famílias afetadas e na reconstrução das estruturas danificadas, disse que o governo dará todo o apoio solicitado pelos municípios.
“A Defesa Civil trabalha com a demanda dos municípios. É preciso fazer um rápido levantamento de danos à infraestrutura pública, [calcular] quanto vai custar a reconstrução e passar para nós para podermos liberar os recursos necessários”, explicou Alves, afirmando que o governo de Santa Catarina está “conduzindo muito bem” a prestação de auxílio humanitário às famílias afetadas pelo ciclone.
“Para nós [governo federal] restará a missão de reconstrução da infraestrutura pública, que é a parte mais cara, e do restabelecimento dos serviços essenciais”, acrescentou o secretário nacional.
A vice-governadora do estado, Daniela Reinehr, comentou que, além de priorizar a ajuda humanitária – “que é o mais urgente” – e a reconstrução dos danos à infraestrutura, o governo catarinense está bastante preocupado com os prejuízos causados à produção agrícola e à interrupção de serviços essenciais, como o fornecimento de energia elétrica.
“A Celesc [Centrais Elétricas de Santa Catarina] já está fazendo uma força-tarefa e esta é, talvez, uma das situações mais críticas que temos no estado. Pedimos às pessoas um pouco de calma, pois é um serviço delicado e não podemos colocar os funcionários em risco”, comentou Daniela, que está representando o governador Carlos Moisés, em isolamento desde o dia (1º), quando teve confirmado o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus.
Por videochamada, Moisés participou da rápida reunião que Bolsonaro, Daniela e técnicos federais e estaduais fizeram após o sobrevoo. Nas redes sociais, o governador escreveu que o apoio do governo federal é fundamental para o reerguimento de Santa Catarina.
Calamidade – Na quinta-feira, 2, o governo estadual decretou calamidade pública devido aos estragos causados pelo ‘ciclone bomba’. Na ocasião, 152 cidades catarinenses já haviam reportado à Defesa Civil estadual danos causados pela passagem do ciclone extratropical, que atingiu também o Rio Grande do Sul, com menos força.
Além de ao menos nove mortes, o fenômeno climático deixou outras nove pessoas feridas em Santa Catarina.
Foto: Divulgação/PR