O Conselho Nacional da Educação (CNE) aprovou na última terça-feira (7) um parecer que tem orientações para a retomada gradual de aulas e atividades presenciais. No entanto, o que se destaca no documento é que a presença do ensino à distância será necessária até 2021, no mÃnimo. O parecer completo ainda não foi divulgado e precisa de homologação do Ministério da Educação (MEC).
O texto do documento aponta 14 pontos que descrevem o que é necessário durante o planejamento da volta à s aulas presenciais em todo o paÃs e foi organizado a partir de uma colaboração entre o Ministério da Educação e entidades como União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e o Fórum da Entidades Educacionais.
Representante do Grupo de Valorização da Educação (GVE), uma entidade ligada a escolas particulares de Salvador e Região Metropolitana, Wilson Abdon disse ao jornal Correio que o retorno às aulas presenciais será muito complexo e que atualmente as instituições buscam ao menos uma previsão de quando essa volta acontecerá para se preparar adequadamente.
Abdon aponta que a logÃstica dessa retomada será muito complicada e demanda treinamento de funcionários para saber como executar a devida higienização dos ambientes, aquisição de materiais e pontua que todo esse processo é oneroso em tempo, sendo necessário de 15 a 20 dias para concluir a preparação, e dinheiro.
Segundo a GVE, as escolas estão percebendo um movimento de insegurança dos pais, na rede privada, de inicialmente não querer voltar às escolas com o medo do risco. E de acordo com Wilson Abdon, apesar das dificuldades de adaptação ao ensino remoto, boa parte das escolas está conseguindo se adequar e manter uma redução de aproximadamente 25% em relação à qualidade de ensino presencial. Essa avaliação é feita a partir das notas, apontamentos feitos por alunos, pais e professores.