A Região Metropolitana de Salvador (RMS) teve a segunda maior inflação do país em junho, com 068% apontado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. O resultado vem após duas deflações seguidas (-0,16% em abril e -0,47% em maio).
O índice teve aceleração forte em relação a maio (-0,47%) e ficou acima também do registrado em junho do ano passado (0,01%). Também está acima do índice nacional (0,26%). Somente a Região Metropolitana de Curitiba ficou à frente em junho, com inflação de 0,80%.
Com o resultado de junho, o IPCA da RMS acumula alta de 0,72% no primeiro semestre de 2020. O número está acima do verificado no Brasil como um todo (0,10%).
Segundo o IBGE, esse índice foi resultado de aumentos em sete dos nove grupo que compõem o IPCA – somente vestuário (-1,28%) e despesas pessoas (-0,06%) tiveram variações negativas.
Com o maior aumento médio e uma forte aceleração, o grupo transportes (2,41%) foi o que mais puxou a inflação de junho para cima na RMS. A influência veio quase que exclusivamente dos combustíveis (12,85%), com aumentos importantes da gasolina (13,54%) e do etanol (13,35%);
Apesar de aumentarem menos em junho, alimentos (0,70% frente a 1,18% em maio) foram a segunda principal pressão inflacionária do mês. Ainda assim, itens como tomate (-18,16%) e cebola (-6,63%) apresentaram deflação depois de meses de fortes altas;
O IPCA da RM Salvador acumula alta de 0,72% no primeiro semestre de 2020, bem acima do verificado no Brasil como um todo (0,10%). Nos 12 meses encerrados em junho, a inflação acumulada na RM Salvador ficou em 2,35%, passando, pela primeira vez no ano, a ficar acima do índice nacional (2,13%).
Combustível – O grupo transportes foi o que mais puxou a inflação da RMS para cima. A influência foi quase totalmente dos combustíveis (12,85%), com aumentos importantes da gasolina (13,54%) do etanol (13,35%) e, em menor escala, do diesel (1,89%).
O aumento dos combustíveis conseguiu neutralizar a nova queda nos preços das passagens aéreas (-25,36%), que foi ainda mais intensa do que a verificada em maio (-23,87%) e, individualmente, o que mais segurou o IPCA de junho na RMS.
Os alimentos (0,70%) também seguiram pressionando a inflação para cima no mês, com a terceira maior alta entre os grupos e a segunda principal contribuição no IPCA.
A alimentação em casa teve a principal influência (0,84%), puxada pelas carnes em geral (2,34%), pelas frutas (4,58%) e pelos cereais, leguminosas e oleaginosas (5,09%). A alimentação fora (inclusive delivery) também aumentou (0,32%), puxada fortemente pelos lanches (2,03%).
Apesar de continuarem pressionando a inflação da RMS, em junho (0,70%) os alimentos desaceleraram em relação maio (1,18%). Isso ocorreu devido à queda média nos preços de itens importantes que vinham em forte alta, como o tomate (-18,16%) e a cebola (-6,63%).