A mulher de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, que estava foragida há três semanas, já está em casa, na Zona Oeste do Rio, para cumprir a prisão domiciliar. Ela aguarda agora instruções sobre a colocação da tornozeleira eletrônica, segundo o advogado Catta Preta.
Márcia era procurada desde a prisão do marido, no dia 18 de junho, em Atibaia, interior de São Paulo. Ela também serviu no gabinete de Flávio Bolsonaro entre 2007 e 2017. O Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Militar mineira chegaram a fazer uma busca na casa da madrinha de Queiroz, em Belo Horizonte, onde se acreditava que ela estava escondida.
Outras buscas foram realizadas em São João de Meriti, Baixada Fluminense, na casa da mãe e das irmãs, mas ela não foi encontrada.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio do ministro João Otávio Noronha, concedeu a prisão domiciliar a Fabrício e Márcia nesta sexta-feira, 10. Ele deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio por volta das 21h20, com uma tornozeleira eletrônica.
A defesa afirma que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro faz tratamento contra o câncer no cólon e que recentemente se submeteu a uma cirurgia de próstata, usando como argumento o “atual estágio da pandemia do coronavírus”.
Queiroz e Márcia são alvos de investigação sobre o esquema das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A suspeita é de que ele recebia parte do salário pago a funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o senador era deputado estadual. Flávio nega a acusação.