O Hospital Universitário Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, vive um declínio. De acordo com o jornal Correio, Menos da metade das salas de cirurgia – 4 das 10 – funcionam, há obras paradas e equipamentos empacotados avaliados em R$ 20 milhões.
Na última segunda-feira (27), um médico escreveu à reportagem que já apurava denúncias de sucateamento do hospital para exemplificar a situação: “Hoje mesmo, cirurgias foram canceladas por causa de ar-condicionado”. O hospital é gerido, desde 2013, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação, que administra 40 outros hospitais universitários.
De janeiro a maio deste ano, foram 140 operações canceladas – 20% do total de 687 realizadas -, segundo lista acessada pelo Correio.
No Hospital Ana Nery, também universitário e gerido de forma compartilhada entre Ufba e Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), foram 1.657 cirurgias até maio, nas seis salas disponíveis. A taxa de cancelamento ali é de 10%, segundo a publicação.
O Complexo Hupes é formado por três prédios interligados por passarelas – o principal, o Hospital Pediátrico e o Ambulatório Magalhães Neto. Pelo menos 37 modalidades médicas são oferecidas e 900 pessoas são atendidas por mês nos prédios principal e no Hospital Pediátrico. No Magalhães Neto, que concentra a maioria dos ambulatórios especializados, são, em média, mil consultas por dia, vindas tanto de Salvador quanto de cidades do interior. Atualmente, o ambulatório também abriga 40 leitos de covid-19.