O coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, informou nesta terça-feira (1º) que vai deixar o comando da operação. A medida foi tomada porque a filha do procurador está com problemas de saúde.
“Após 6 anos à frente da Lava Jato no Paraná, o procurador da República Deltan Dallagnol está se desligando da força-tarefa para se dedicar a questões de saúde em sua família”, diz o comunicado enviado pela Lava Jato.
Com a saída anunciada, o procurador da República no Paraná Alessandro José Fernandes de Oliveira deve assumir as funções antes exercidas por Deltan Dallganol.
Deltan tem se empenhado contra a abertura de um processo administrativo disciplinar contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Caso o processo fosse aberto, o coordenador da Lava Jato poderia ser forçado a ficar afastado do cargo.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a análise de dois pedidos contra Deltan no conselho.
Os processos suspensos pelo Supremo foram apresentados ao CNMP pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Katia Abreu (PP-TO).
Calheiros acusa Deltan de influenciar as eleições para a presidência do Senado em 2019 e Abreu questionou o acordo da Lava Jato com a Petrobras para destinar R$ 2,5 bilhões a ações e gastos indicados pelos procuradores.