As quartas de final da Copa Sul-Americana trazem uma lembrança conturbada para o torcedor do Bahia. Na última e única vez que o Tricolor esteve presente nesta fase do certame, em 2018, ficou a sensação de que poderia ter ido mais longe. A eliminação contra o Atlhetico Paranaense ocorreu após polêmicas de arbitragem, derrota na Fonte Nova, triunfo em Curitiba e decepção nos pênaltis.
A chance de conquistar o primeiro título internacional da história clube foi desperdiçada. Nesta quarta-feira (08), entretanto, a partir de 19h15, o Esquadrão vai novamente em busca deste tesouro, diante do Defensa y Justicia (ARG), na Arena Fonte Nova, esperando escrever uma história diferente.
A campanha de 2020, por si só, já é importante para o Bahia ser mais reconhecido internacionalmente. Desde o início da competição, o Tricolor peregrinou por três países, contra adversários que nunca tinha enfrentado em sua história: Nacional (PAR), Melgar (PER) e Unión Santa Fé (ARG). Venceu um confronto fora de casa, contra o Nacional, algo que também nunca havia ocorrido. Por fim, igualou sua melhor campanha e chega em condições de ultrapassá-la.
Para o técnico Mano Menezes, porém, isso não é indicativo de favoritismo. “Cada jogo é uma história. O Defensa y Justicia acaba de eliminar o Vasco, chegou às quartas de final assim como nós, tem seus méritos. Tem qualidade de jogo, diferente do adversário que eliminamos nas oitavas. Um time que joga mais, tem jogadores com qualificação técnica para propor o jogo”, afirmou, ressaltando que o Bahia deve adotar uma postura propositiva por estar em casa, mas preparar uma boa defesa quando for exigido.
Nesse sentido, o histórico pesa contra, já que o Tricolor possui a segunda zaga mais vazada do Campeonato Brasileiro, por exemplo, com 39 gols sofridos. “Estamos tentando achar soluções, mas o ideal é ter um time competitivo, mais seguro, que não acho que esteja no ideal. Mas estamos vindo de 180 minutos contra o Unión Santa Fe sem tomar gol, o que nos trouxe até as quartas de final da Sul-Americana”, analisa Mano.
Adversário – Enquanto isso, na Argentina, o Defensa y Justicia é analisado como um time que tem espaço para evoluir, mas ainda não conseguiu retomar o bom futebol. Segundo o jornalista local Marcos Sittner, setorista do clube, “a equipe tenta ser protagonista em todas as partes, e espera que o jogo contra o Vasco dê uma injeção anímica, pois [o Bahia] é um rival que se pode ganhar”.