Após 13 meses sem comando – e uma tentativa frustrada de emplacar um diretor em fevereiro de 2020 -, o MAM-BA tem novo gestor. O cineasta Paulo Roberto Vieira Ribeiro, conhecido como Pola Ribeiro, é quem assume o leme do mais importante espaço da arte contemporânea em território baiano.
O cineasta baiano diz que recebeu o convite há alguns dias e que, depois de refletir muito – e de receber a sinalização de representantes do governo estadual de que contaria com recursos mínimos para administrar o complexo artístico -, decidiu aceitar.
“Sou apaixonado por aquele lugar e estou muito entusiasmado em ajudar a expor sua capacidade. Depois de conversas com pessoas ligadas ao governo que abriram espaço para caminharmos juntos, aceitei o desafio”, disse.
As pessoas ligadas ao governo seriam o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (IPAC), João Carlos Oliveira, e o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, a quem a área de Cultura está politicamente ligada.
Sobre a falta de autonomia financeira e de gestão, motivo apontado pelos diretores anteriores como motivo para deixarem o cargo, o novo diretor do MAM diz que sabe das dificuldades de recursos, mas que reconhece que o IPAC é o órgão ao qual os museus estão ligados. “O IPAC é quem paga as despesas fixas como a manutenção e a folha de pagamento, por exemplo, e isso já lhe dá um certo alívio, o resto a gente vai atrás”.
Cauteloso e sem fazer promessas, Pola fez a primeira reunião com a equipe, e com a turma do IPAC, na tarde de ontem. “Não entro com essa de que vou fazer e acontecer, mas sim com a vontade, a disposição de buscar alternativas para viabilizar projetos importantes para o espaço, inclusive através de conexões com artistas, galeristas e outros parceiros que consigam contribuir para a realização de ações”.
O novo diretor diz que entra no museu carregando muita disposição, entusiasmo e sua experiência em gestão pública. “Estamos tão amassados na área de cultura que essa é a hora de revertermos esse quadro e fazermos as coisas acontecerem”, diz.