A primeira edição do Enem digital teve uma abstenção total de 71,3%. O número foi divulgado neste domingo (7) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame.
Eram esperados 93.079 candidatos, mas compareceram 26.7609 (28,7%) e faltaram 66.370 (71,3%). O número exclui os inscritos no Amazonas (que teve as provas suspensas na pandemia) e candidatos de um local de prova de Macapá, que teve problemas estruturais e a prova foi cancelada.
Tocantins, São Paulo e Mato Grosso do Sul são os estados com as maiores taxas de abstenção do país: 77,2%, 76% e 75,2%.
Para Alexandre Lopes, presidente do Inep, a taxa alta de abstenção era esperada, já que no primeiro domingo de Enem digital 68% não compareceram. Apesar disso, ele se considerou “satisfeito” com a aplicação.
“Como era projeto-piloto, a primeira aplicação, entendemos que estamos muito satisfeitos com resultado, porque nós conseguimos entregar aquilo que nós nos propusemos. A participação do estudante é uma opção de cada participante, da nossa parte é garantir que as pessoas consigam fazer a prova e se tiver algum problema, garantir a reaplicação”, afirmou Lopes.
“Em ano de pandemia, com todas as dificuldades de conseguir locais de prova, de conseguir pessoas para aplicarem a prova, o Inep conseguiu manter sua proposta de fazer Enem digital já na edição de 2020 e conseguimos fazer essa aplicação. Estamos muito satisfeitos com o resultado, muito satisfeitos por poder oferecer aos jovens do Brasil essa nova opção, que é o Enem digital, e que a partir de 2026 será obrigatório”, afirmou Alexandre Lopes, presidente do Inep.
Neste domingo, houve um registro de falta de energia em Queimado, no Rio de Janeiro, onde faltou luz. Estes candidatos farão a reaplicação em 23 e 24 de fevereiro. Lopes também citou casos em que os candidatos tiveram que esperar o início da prova. O tempo perdido foi adicionado ao final do exame.