27 de setembro de 2024
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Governador avalia toque de recolher na Bahia devido à pandemia

Governador avalia toque de recolher na Bahia devido à pandemia

O governador Rui Costa disse nesta terça-feira (16) que a possibilidade de medidas mais restritivas serem implementadas na Bahia, inclusive o toque de recolher em todo estado, está sendo estudada. Um decreto de toque de recolher seria para “evitar o pior”, com o colapso do sistema de saúde e a falta de vagas para doentes.

“Nós estamos avaliando, sim, novas medidas, semelhantes às que já adotamos, no sentido de fechamento de atividades, de eventualmente adotar toque de recolher novamente, dessa vez geral no estado, ou nas regiões com alta taxa de contágio”, afirmou em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Bahia,

O governador disse que terá reunião com prefeitos na União de Prefeitos da Bahia (UPB) na tarde de hoje, quando esse “passo para trás” será discutido. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, estará presente. “Vou propor que o governo do estado, junto com as prefeituras, dê um passo atrás no funcionamento de várias atividades econômicas. Não podemos ter atividades essenciais sendo comprometidas enquanto as pessoas se acham no direito de fazer aglomeração e farra”, afirmou.

Segundo Rui, a Bahia vive mais um momento grave. “Nós vivemos o terceiro pior momento desde o início da pandemia do ano passado. O pior mês foi julho, com 2 mil óbitos e 30 mil casos ativos. Segundo pior mês tinha sido junho, com 1,7 mil mortes e chegamos a ter 27 mil casos ativos. Agora, em janeiro, fevereiro, estamos vivendo o terceiro pior momento. Voltamos a ter 15 mil casos ativos, e crescente, esse número… Você olha de dezembro pra cá esse número cresce de forma acelerada”, avaliou Rui. “Tivemos que aumentar o número de leitos para atender as pessoas que estão demandando a UTI”, diz. “Basicamente só falta reabrir a Fonte Nova”.

O ritmo de crescimento dos novos casos preocupa as autoridades. “O que não aconteceu ao longo de toda pandemia pode vir a acontecer se não conseguimos reverter essa taxa de crescimento. Podemos chegar ao esgotamento da capacidade hospitalar de atender a esse volume crescente de pacientes de covid”, considera.

Rui defendeu que as aulas presenciais não voltem, mesmo com argumento de que outras atividades mais supérfluas funcionando, afirmando que “uma coisa não justifica a outra”. “Quem mais deseja o retorno às aulas é o governador. Agora não posso, justamente no momento em que estamos crescendo número de casos, que a capacidade da rede pública, e da privada também, está perto do esgotamento, que a gente adote medidas de ampliação do convívio social e transmissão da doença. Isso é incoerente”, afirmou.

Educação – O governador também foi questionado sobre a possibilidade de vacinar professores e outros profissionais da educação antes da volta às aulas, como pede a categoria. “Isso não é condicionante”, afirmou. “O que precisamos é que tenhamos condições seguras e não um pré-colapso do sistema de saúde para realização das aulas”.




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