25 de novembro de 2024
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Procurador chefe da Lava Jato em Curitiba morre de câncer aos 45 anos

Procurador chefe da Lava Jato em Curitiba morre de câncer aos 45 anos

O procurador chefe da Operação Lava Jato em Curitiba, Alessandro José Fernandes de Oliveira, 45, morreu nesta quinta-feira (20). O Ministério Público Federal confirmou a informação, através de nota, sem informar a causa da morte. O procurador tratava um câncer e deixa a esposa e dois filhos.

Alessandro José substituiu Deltan Dallagnol na chefia da força-tarefa de Curitiba em setembro de 2020. Ele integrava o grupo de trabalho desde janeiro de 2018, em ações que tramitam em cortes superiores. Com o fim da força-tarefa, em fevereiro deste ano, Alessandro José e outros membros do grupo migraram para o grupo de atuação especial de combate ao crime organizado (Gaeco) do MPF para dar continuidade às investigações da operação.

Na nota onde confirma a morte do procurador, o MPF diz que o trabalho de Alessandro José ficará marcado pela “excelência e cordialidade”. “Todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com Alessandro durante a brilhante carreira dedicada à defesa dos ideais do MPF trazem a marca de seu exemplo. Alessandro deixa ao Ministério Público Federal um legado de coragem e honradez”, diz o texto. O MPF decretou luto oficial de três dias.

Ex-chefe da operação, Deltan Dallagnol postou uma homenagem ao colega nas redes sociais. Deltan disse que Alessandro José foi corajoso ao assumir a operação e afirmou ter razão especial para agradecer ao colega. “Foi com coragem, espírito público e disposição para o sacrifício pessoal em favor da sociedade que Alessandro assumiu a coordenação no MPF da maior operação anticorrupção da história brasileira. Eu tenho especial razão para agradecê-lo porque foi a decisão dele que me permitiu ter mais tempo para dedicar à saúde da minha família quando isso foi necessário”, escreveu.

Formado em segurança pública pela Academia da Polícia Militar do Paraná e em direito pela UFPR, José Alessandro era mestre em direito das relações sociais. Desde 1996, ele foi professor de direito criminal e processual penal e também dava aulas na Escola Superior do Ministério Público da União.




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