Com cinco seleções em cada grupo e o direito à vaga para o mata-mata a quatro delas, era inadmissível cogitar que o Brasil não se classificasse. Como o esperado, o time já está garantido nas quartas de final, mas nesta quarta-feira (23), de forma antecipada, tem chance de confirmar até a liderança do Grupo B da Copa América.
A Seleção pega a segunda colocada da chave, a Colômbia, às 21h, no Engenhão, e assegura o primeiro posto se vencer e o Peru não ganhar seu jogo. Depois da facilidade encontrada diante de frágeis rivais, Venezuela (vitória por 3 a 0) e o próprio Peru (4 a 0), espera-se um jogo mais complicado.
Mesmo assim, o técnico Tite vai manter o rodízio de jogadores. Na entrevista coletiva de ontem, ele fez mistério quanto à escalação, mas adiantou que fará alterações. “Nós seguimos nossa mesma forma, estabelecida como ideia na competição. Vamos ter algumas mudanças, mas, teoricamente, elas não vão modificar engrenagem da equipe. É o que a gente sempre busca”, afirmou Tite.
O treinador completou cinco anos à frente da Seleção e, no último domingo, recebeu como homenagem uma camisa com o número 5 acompanhada de aplausos dos jogadores. Apesar do longo período no comando da Amarelinha, ele reconhece ainda estar em busca do melhor do time. “Não tem marca ainda, ela só vai ser marca quando terminar a etapa, que a gente consiga olhar o início, meio e fim, e que a gente tenha uma real avaliação, não um recorte dela, um momento, uma circunstância”, analisou o técnico, que, especificamente sobre o jogo desta noite, mostrou preocupação com o estado do gramado do Nilton Santos.
“Não é bom. Em função de ser recente a retirada, é humanamente impossível [que fique bom]. Juninho [coordenador de seleções] está a toda hora em contato com as pessoas responsáveis para que tenha uma melhor condição, porque isso dá saúde aos atletas. Está um ex-atleta aqui que com 27 anos teve que parar com cinco operações de joelho”, lembrou Tite.
O comandante da Seleção também comentou sobre o adversário desta quarta: “Nossos enfrentamentos com a Colômbia foram sempre muito difíceis. Dos amistosos que a gente fez a jogos das Eliminatórias, eles sempre tiveram o mais alto nível de exigência. Passei isso aos atletas e estou falando não como supervalorização, mas reconhecimento das dificuldades”.