Os grandes vencedores destas eleições regionais na França são o partido da direita tradicional, Os Republicanos, que se tornam a primeira força política do país, com 38% dos votos, segundo as pesquisas.
Quatro anos depois de perderem as eleições presidenciais, os conservadores recuperam força e superam a união da esquerda e ecologista, que se posiciona em segundo lugar, com 34,5% dos votos.
Vários matizes da direita aproveitarão o impulso que esta vitória lhes dará para se posicionarem na corrida das presidenciais.
“Agora todo mundo entendeu que as eleições presidenciais são um jogo com três lados”, avaliou o conservador Xavier Bertrand, que obteve uma vitória confortável na região Altos da França (norte) e já anunciou sua candidatura para 2022.
Derrotados – A extrema direita francesa de Marine Le Pen fracassou em sua tentativa de conquistar o primeiro governo local, enquanto o partido de centro do presidente Emmanuel Macron sofreu um novo revés no segundo turno das regionais a dez meses das eleições presidenciais.
O jovem partido do presidente, República em Marcha (LREM), não conseguiu prevalecer em nenhuma das 13 regiões da França metropolitana, pagando o preço por sua falta de implantação territorial.
Segundo as consultas, o partido obteria apenas 7% dos votos, vendo-se relegado à quinta força política em nível nacional, atrás da direita, da esquerda, dos ecologistas e da ultradireita.
É uma “decepção para a maioria presidencial”, admitiu Stanislas Guerini, líder do LREM.
O fracasso da maioria presidencial alimenta os rumores de uma remodelação do gabinete. Trinta e dois por cento dos franceses são favoráveis a uma mudança ministerial “nas próximas semanas”, segundo uma consulta do instituto de pesquisas Ipsos.